Deputados cantores, jogadores de futebol, analfabetos e outros

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Por: João de Tidinha

Confesso a vocês, sempre nutri um pouco de preconceito com relação à eleição de artistas, cantores e jogadores de futebol para a vida pública. Na Câmara Federal, por exemplo, composta de 513 deputados federais, você encontra de tudo, de pessoas capazes e preparadas a aventureiros e picaretas. Porém, vem me chamando à atenção o desempenho de um baixinho craque de bola na sua época. Isto mesmo, Romário. Eleito pelo PSB para representar o estado do Rio de Janeiro. Romário foi um dos raríssimos deputados, a ter 100% de presença nas 55 sessões deliberativas realizadas no primeiro semestre no plenário e 100% de presença nas reuniões das duas Comissões que integra, as de Turismo e Desporto e de Educação e Cultura, além de haver apresentado 32 projetos ou emendas.

Este desempenho me fez lembrar um artigo do professor Hélio Pólvora publicado no Jornal ATARDE com o titulo “Gol de cabeça de Romário” cujo teor, transcrevo:

“O deputado Federal Romário de Souza Faria 45, eleito pelo PSB do Rio de Janeiro, tem saído melhor que a encomenda. Consegue abrir a boca. E salvo a inútil e tola pinimba com Pelé, ditada talvez pela mega-sena das vaidades, marca mais presença do que muitos deputados baianos, surdos, mudos e inativos menos para receber vantagens e praticar nepotismo.

Verdadeiro comandante em campo do escrete vencedor da Copa de 1994, Romário, o Baixinho, pensa também com os miolos. Nasceu em favela, teve vida difícil com a família, mas sempre quis estudar. Fez faculdade, aprendeu a vestir-se com gosto e valoriza a educação.

Em entrevista a um canal de tevê, subscreveu a opinião, já plasmada em governos anteriores, de que aos governantes, e a todos os poderosos, não interessa aprimorar a cidadania por meio da educação. Ignorância significa voto certo, voto de cabresto. O eleitor que vota industriado ajuda os de cima a permanecer em cima, é parceiro inconsciente da corrupção.

“Os poderosos não querem a população consciente,” afirma Romário. A Educação – como de resto, outras necessidade nacionais –  tornou-se uma farsa. O Padrão cultural do Brasil é baixo, impede o cidadão comum, que é a maioria, de enxergar ao que lhe metem no bestunto e lhe enfiam pela goela”

Reavalio meus conceitos. O Baixinho como deputado federal vem demonstrando superioridade e muito trabalho, ao contrário de muitos que estão lá e somente usam os cargos eletivos para fazer grandes negócios, se revelando grandes oportunistas que usam e abusam da ingenuidade de um povo que os elegeu.

 

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