Desabafo

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Por: João de Tidinha

 

No último domingo (dia 23), retornando de Euclides da Cunha para Salvador, pude testemunhar o desrespeito e o pouco caso dos nossos governantes em relação às pessoas que precisam utilizar as estradas da Bahia para se locomoverem. O trecho de Euclides da Cunha até Salvador é um oceano de buracos, tornando-se uma benção chegar a salvo ao destino final. Na BR 324, onde para trafegar é preciso pagar dois pedágios, o descaso é total, a estrada é uma verdadeira tábua de pirulitos. Por muito pouco e pelas graças de Deus, o meu veículo não colidiu noutro que foi desviar dos buracos existentes na pista.

O mais revoltante é que esse descaso não é somente em relação às estradas. O descaso se estende também aos hospitais e a outros serviços públicos essenciais à vida da nossa população. Pagamos altos valores que nos são IMPOSTOS pelo Governo que não nos oferece qualquer contrapartida. Contamos apenas com a ajuda de Deus. Ocorre que não podemos deixar esse encargo tão pesado eternamente por conta do nosso Deus misericordioso, pois a tarefa dele já é demasiadamente pesada para atender os desvalidos, os enfermos, os deficientes físicos e mentais, as crianças, os velhos e aqueles que não têm qualquer apoio dos nossos representantes políticos.

Pagamos muitos impostos e não temos o justo retorno. A saúde pública é um caos. As pessoas morrem nas filas dos hospitais e para sobreviverem, aqueles que ainda têm uma renda mensal, são obrigados a pagar um plano de saúde. As escolas públicas, cada vez mais deficientes, com professores mal pagos e desmotivados, não conseguem oferecer um ensino de qualidade. As condições de moradia das pessoas de baixa renda são sub humanas, muitas moradias são verdadeiros barracos. A segurança pública é cada dia mais deficiente, onde temos receio até de sair de nossas casas.

Tenho plena consciência de que para mudar isso tudo não podemos ficar parados, anestesiados, deixando que os políticos e governantes inescrupulosos, sem compromissos com a coletividade debochem do povo. Precisamos que todos – trabalhadores, estudantes e a população em geral – percebam que é necessário reagir e lutar. Não uma luta violenta, com badernas, mas com protestos pacíficos ordeiros, reivindicando os nossos direitos e, sobretudo exigindo RESPEITO.

Precisamos fazer eco à intenção da Presidente Dilma Roussef de varrer os maus políticos, fazendo a faxina necessária. Precisamos fazer com que nossa voz seja ouvida em todos os cantos desse Brasil, pois do contrário, o que acabará prevalecendo serão as vozes dos políticos corruptos e dos maus governantes, sempre como vampiros, a sugar o sangue do povo e destruindo os nossos sonhos e esperanças. Se não reagirmos, aí será o fim…

 

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