A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (20), antes de embarcar de volta ao Brasil, que não se pode “demonizar” o PC do B, partido de Orlando Silva, após as acusações envolvendo o Ministério do Esporte.
“Não se pode demonizar partidos que lutaram no Brasil pela democracia”, disse ela sobre o desgaste do PC do B com as denúncias envolvendo o ministro.
Dilma disse que existe um “processo irracional” nas críticas ao partido.
Sobre as acusações contra Orlando, ela afirmou que não tem pressa e que vai preservar o governo e os interesses do país.
A presidente disse ainda que não se pode fazer “apedrejamento moral de ninguém”.
Ela destacou que não vai permitir que façam julgamento precipitado e que é preciso “preservar a presunção da inocência”.
“Eu vou olhar tudo com imensa tranquilidade e tomarei as posições necessárias para preservar não só o governo, mas preservar os interesses do país.”
A presidente criticou a imprensa por noticiar vazamentos e opiniões do governo que, segundo ela, não correspondem com o que pensa.
“Eu li com muita preocupação as notícias do Brasil. Primeiro pelo grau de imprecisão nas observações a respeito do governo. O governo não fez, não fará, nenhuma avaliação e julgamento precipitados de quem quer que seja. Eu acho que fontes, vazamentos… É interessante que vazam frases com aspas minhas e eu não falei com ninguém.”
Dilma voltou a reforçar que está interessada na apuração das denúncias. “Tem que ter um processo sistemático de investigação, de apuração, de malfeitos. Sempre preservando a presunção da inocência das pessoas.”
A presidente falou à imprensa em Luanda, capital de Angola, última cidade que visitou durante um tour pela África. Ela deve chegar a Brasília hoje à noite.
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