Dilma e o paradoxo de “eliminar a pobreza” sem combater a corrupção

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Por Raul Monteiro

 

Quer dizer que o ex-presidente Lula, a presidente Dilma Rousseff e agora o governador Jaques Wagner, todos estrelíssimas de primeira grandeza do PT, acham que o combate à corrupção não pode dominar a agenda política do país. Ora, ora, ora! Mas não foi exatamente a bandeira do combate implacável à corrupção que colocou o PT aonde está? Não é possível que Lula, Dilma e Wagner achem que podem desconsiderar o conceito administrativo das “agendas emergentes”, aquelas que se impõem por força de inúmeras circunstâncias, entre as quais, para dizer o mínimo, está o cansaço da população com a profusão de casos de corrupção que contaminam os diversos centros de poder institucional e político do país. Ou seja, no patamar a que se chegou no Brasil com relação à questão da corrupção, queira o governante ou não, esteja aonde estiver, com a popularidade que possuir, o assunto deve merecer de sua gestão prioridade absoluta. É o que os trabalhadores decentes e honestos, homens e mulheres que não podem fugir dos impostos exigem! É o que vocaliza a imprensa livre. Por um motivo simples, ex-presidente, presidenta e governador: não se combate a pobreza sem eliminar a corrupção, porque é ela, no grau descontrolado e sistêmico a que lamentavelmente chegou no país, que a retroalimenta, impedindo que os programas sociais cumpram seu papel adequadamente. Que rede de proteção social funciona frente ao hábito de se desviar, de maneira cada vez mais escancarada, o dinheiro do pobre? Que lição é essa, meus senhores? Afinal, alguém duvida de que parte dos impostos que se paga neste país é para manter a máquina da corrupção azeitadinha, irrigando fortunas ilícitas erigidas às escâncaras? Francamente, presidenta! Faça o seu trabalho!

 

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