O ‘beija-mão’ de Josué Gomes ao PT
De LETíCIA SANDER, DIRETORA DA SUCURSAL DE SÃO PAULO
No mundo da política, o pré-candidato a presidente pelo PSDB, Geraldo Alckmin, deu a primeira demonstração de força nesta campanha ao trazer para seu lado, na última quinta-feira, os partidos do chamado centrão, o bloco que sustentou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e o governo Michel Temer (MDB). Desde então, ambiguidades desta aliança, ainda informal, vão sendo expostas.
Nesta segunda-feira, Alckmin teve o primeiro encontro com o indicado pelo centrão para compor sua chapa como vice-presidente, o empresário Josué Gomes. E o tucano saiu de mãos abanando. Um dos motivos que levaram Josué a ficar em cima do muro é que ele espera ter antes uma conversa com o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, mineiro como ele e petista como o ex-presidente Lula.
O “beija-mão” pode soar contraditório, mas não é. Josué Gomes é filho de José Alencar, que foi vice nos dois mandatos de Lula, e entrou para a política pelas mãos do ex-presidente petista, hoje preso. Lula levou Josué ao PR do ex-deputado federal Valdemar Costa Neto, ex-aliado do PT, condenado no escândalo do mensalão e “dono” do partido, embora formalmente nem mais esteja filiado a ele.
Mas Valdemar mudou de lado. Hoje é ele o artífice da aliança entre Alckmin e o centrão.
Informações de O GLOBO
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