Dias decisivos
POR MAIÁ MENEZES, EDITORA DE PAÍS
É a hora mais intensa da maratona. A doze dias do primeiro turno, debates, pesquisas e conversas de bastidor aumentam a pressão sobre as candidaturas. Por ter sido oficializado candidato na data limite permitida pelo TSE, o petista Fernando Haddad irá hoje a seu segundo debate, organizado por Folha, Uol e SBT. Adversários terão a chance de confrontar o candidato, que durante grande parte da campanha esteve sob a guarda de Lula, protegido de eventuais ataques, pouco exposto a possíveis contradições.
Jair Bolsonaro (PSL), que deve receber alta na sexta, estará liberado para participar de debates. Há suspense sobre eventual ida do deputado ao encontro de domingo, na TV Record. Haddad, ancorado na transferência de votos do ex-presidente Lula, tem aparecido como o potencial adversário de Bolsonaro em um cada vez mais provável segundo turno.
Interessante observar como opositores tentarão desconstruir as candidaturas apontadas até aqui como as mais fortes – ou se inclinar para futuros aliados. E, caso Bolsonaro se disponha ao confronto domingo, como se dará o face a face dos dois potenciais polos no segundo turno.
Mais uma pesquisa
No ritmo da maratona eleitoral, hoje sai mais uma pesquisa Ibope/CNI. Ainda haverá Datafolha esta semana. E um dado a ser observado é a crescente tomada de posição do eleitor: a se confirmarem os dados recentes, o percentual de votos em branco e nulos vem diminuindo.
Na onda feminina
Maioria do eleitorado, com voz amplificada nas redes sociais, parte das mulheres brasileiras estão organizando para sábados movimentos contra Bolsonaro. Já surgem também outros grupos arregimentando passeatas a favor. De um lado ou de outro, se tornaram, mais do que em eleições anteriores, ativo importante nesta reta final. Não à toa todos os candidatos, incluindo Bolsonaro, decidiram se posicionar , em vídeos, declarações ou no horário eleitoral, em defesa delas.
Fonte: O Globo
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