Agrônomo diz que produtores esperavam pelo menos 400 ml de chuva.
Primeira sagra do grão ocorre até março na região de Irecê.
Foi a falta de chuva que prejudicou a segunda safra de feijão na Bahia. De acordo com o agrônomo Rogério Abreu, a expectativa era que pelo menos 400 milímetros de chuvas caíssem de maio até agosto.
“Pelo o que temos contabilizado, hoje estamos em torno de 200 milímetros e algumas regiões até abaixo disso”, relata. A primeira ocorre na região de Irecê e vai até o mês de março.
No nordeste baiano estão concentradas as principais cidades produtoras do estado. A região deve colher pouco mais de 50 toneladas de feijão carioquinha, 70% a menos que na segunda safra do ano passado.
Em uma propriedade da cidade de Euclides da Cunha, a colheita está terminando. Com a falta de chuva, a produtividade despencou. “Em uma vagem tem três grãos, onde era para ter cinco, seis, até oito”, explica um agricultor.
Os mesmos 30 hectares que deram 500 sacas em agosto do ano passado, este ano deixaram seu Valter em uma situação difícil para um pequeno agricultor. “Eu devo colher em torno de 30 sacas de feijão. Eu tomei um custeio do banco e investi R$ 5 mil aqui dentro, mas não sei o que eu vou colher aqui”, diz.
Em outra propriedade, a plantação está tão verde e uniforme que nem parece que é na mesma cidade de Euclides da Cunha. O que fez a diferença foi um pouco mais de chuva em algumas áreas produtivas da região, que equivale a menos de 5% do total. Estes produtores deram sorte com a localização.
O agricultor Pedro Xavier é um deles e acredita que vai ter mais lucro que no ano passado. “O feijão está em boa qualidade. É uma pena a gente não ter produzido muito, mas quem produzir vai ter lucro, porque o preço é compensador”, explica.
Fonte: G1
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