Por: João de Tidinha
“Eu detesto política” – quem nunca escutou essa frase que atire a primeira pedra. É… existem pessoas que pensam assim. Pode não ser o meu caso. Tampouco, certamente, o seu.
Como já dizia Bertolt Brecht no poema “O Analfabeto Político” O analfabeto político é aquele que “não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem de decisões políticas. (…) que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais”.
A política é mais do que debates no Congresso ou eleições, ela está intrinsecamente ligada à nossa existência. Vamos explorar como a política afeta áreas cruciais da vida:
A política econômica, como subsídios, impostos e regulamentações, impacta diretamente os preços dos alimentos; decisões sobre importação, distribuição e incentivos agrícolas afetam o custo dos produtos básicos.
Imagine um trabalhador que luta para alimentar sua família com preços em constante alterações.
A destinação de recursos públicos para hospitais, programas de prevenção e pesquisa médica é uma escolha política. A política de saúde determina o acesso a serviços, medicamentos e tratamentos. Um paciente com doença crônica depende dessas decisões para sua qualidade de vida.
Decisões sobre vacinação, acesso a serviços médicos e políticas de prevenção de doenças afetam diretamente nossas vidas diárias.
Decisões sobre currículos escolares, financiamento da educação e acesso a recursos educacionais moldam nossa experiência na escola.
Políticas habitacionais moldam o mercado imobiliário e o acesso à moradia. Investimentos em infraestrutura urbana, como transporte público, também são decisões políticas.
Imagine uma família lutando para pagar aluguel ou comprar uma casa.
A política de segurança define o policiamento, investimentos em prevenção e combate ao crime. A sensação de segurança nas ruas é influenciada por políticas de combate à criminalidade.
Um cidadão comum deseja viver sem medo de violência ou assaltos.
E concluindo, devemos lembrar sempre. A política não é algo distante, ela molda nossa realidade diária mesmo quando não percebemos diretamente.
. Dizer “eu detesto política” é negar nossa própria participação na construção da sociedade. Devemos estar atentos, cobrar transparência e participar ativamente para garantir que as decisões políticas beneficiem a todos.
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