O Ministério Público estadual, por meio da Promotoria de Justiça Regional Especializada em Meio Ambiente de Euclides da Cunha, promoveu ontem, dia 1º, uma reunião para discutir as supostas causas de mortes de abelhas na região. Na ocasião ficou decidida a criação de um Centro de Observatório Apícula para investigar as causas das mortes desses insetos relatadas por apicultores nos Municípios de Euclides da Cunha e Ribeira do Pombal. A reunião foi conduzida pelo promotor de Justiça Adriano Nunes, que informou a instauração de um procedimento no MP para identificar a causa e os responsáveis pelas mortes das abelhas.
A criação do Centro de Observatório Apícula na região de Euclides da Cunha visa levantar informações acerca do número de apicultores e dos episódios de supostas mortes de abelhas proveniente do uso de agrotóxicos, bem como o registro das ocorrências perante à autoridade policial. Também ficou definido a elaboração de um plano de trabalho para buscar informações sobre aplicação de agrotóxicos próximo às áreas de criação de abelhas; mapear os locais de criação; mapear as fazendas próximas das áreas de criação de abelhas onde supostamente ocorreram pulverizações; e coletar possíveis provas para detecção de resíduos de agrotóxicos utilizados na região.
“O desaparecimento das abelhas pode impedir ou reduzir drasticamente a reprodução de muitas espécies de plantas, levando ao desequilíbrio dos ecossistemas e a perda da biodiversidade. A produtividade agrícola também está em risco, podendo ocasionar forte impacto à economia global”, destacou o promotor de Justiça Adriano Nunes. Participaram da reunião representantes da Associação dos Apicultores de Euclides da Cunha. (ASSAPEC); da Associação Comunitária da Fazenda Baixas; da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR); do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia; Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR); do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar); Associação Comunitária da Fazenda Baixas; Universidade do Estado da Bahia (Uneb); Superintendência de Agricultura Familiar do Estado da Bahia; Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab); Federação Baiana de Apicultura; Cooperativa dos Apicultores de Tucano; Coordenação Estadual de Apicultura e Meliponicultura; e Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Cecom/MP –
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