À CPMI da Petrobras, ex-diretor de Abastecimento da estatal não deu detalhes de quem são os parlamentares relacionados no processo de delação premiada. Ele participou de uma acareação com Nestor Cerveró
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse nesta terça-feira (2), na CPI mista que investiga corrupção na estatal, que mencionou “algumas dezenas” de políticos em seus vários depoimentos à Justiça. Preso em regime domiciliar, Costa surpreendeu ao resolver falar em acareação promovida hoje pelo colegiado com o ex-diretor da área internacional Nestor Cerveró.
A resposta de Costa, que cumpre delação premiada à Justiça Federal, foi provocada pelo deputado Ênio Bacci (PDT-RS). Ao fim da sessão, o pedetista disse sair do compromisso “com a alma lavada”. “Quero dizer que o senhor Paulo Roberto Costa, hoje, é visto como alguém que vai viabilizar uma grande limpeza neste país. Não há dúvida nenhuma de que a sua coragem em citar nomes nessa delação premiada vai, com o tempo, transformá-lo no cidadão que passa para a história como um dos responsáveis pelo novo Brasil que vai nascer para os nossos filhos e para os nossos netos”, declarou Ênio.
“O senhor não pode me deixar numa situação constrangedora, mas algumas dezenas”, afirmou Paulo Roberto. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, no entanto, não citou nomes. Como os nomes de parlamentares citados estão sob a responsabilidade do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki em um processo oculto, existem apenas conjecturas de quem e quantos são citados. De acordo com matérias publicadas na imprensa, o número mais conservador é de 30 deputados e senadores citados na Operação Lava Jato.
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