Em ano eleitoral, transparência é sinônimo de xingamento na Assembleia Legislativa da Bahia. Na operação “imagem limpa”, os deputados que pouco fazem e muito recebem contam com a preciosa ajuda do presidente do Legislativo, deputado Marcelo Nilo (PDT), para evitar que seus pífios desempenhos sejam estampados nos jornais.
No dia 7/1, o Jornal da Metrópole entrou em contato com Nilo solicitando informações sobre o desempenho dos deputados, como a lista de presença em plenário. O presidente da Casa “autorizou”, mas, 22 dias depois, a Assembléia Legislativa ainda não enviou as informações – em troca, ofereceu um caminhão de desculpas.
Este tipo de levantamento, corriqueiro nas casas legislativas a cada final de ano, misteriosamente não foi elaborado pela diretoria de informática da Assembléia baiana. Após a solicitação do Jornal da Metrópole a Nilo, a diretoria ficou de organizar as informações, mas a enrolação ocupou o espaço da transparência. De relatórios que foram mal elaborados a computadores quebrados, todo tipo de expediente foi utilizado para protelar o envio das informações que exporiam à população os deputados faltosos.
A omissão de dados sobre o desempenho dos deputados é mais uma “caixa-preta” da gestão Marcelo Nilo. Demonstrando seu “apreço” pela transparência, o presidente do Legislativo acumula atitudes que atrapalham a fiscalização, por parte da população, dos parlamentares baianos. Em abril de 2009, o Jornal da Metrópole denunciou que 62 dos 63 deputados embolsavam R$ 5.560 em diárias mensais, sem notas fiscais que comprovassem as viagens, com a conivência de Nilo. Apenas Maria Luiza Carneiro (PSC) ficou de fora da “farra”. Outra “caixa-preta” em 2009 foi denunciada pelo Jornal da Metrópole em 11/9 – o uso eleitoreiro da contratação de uma empresa de taxi aéreo, a Abaeté Aerotáxi. Foram gastos R$ 295 mil para fretar aviões para o uso dos parlamentares, que já possuem suas cotas de passagens.
Fiscalização – O presidente nacional da ONG Transparência Brasil, Fabiano Angélico, lamenta a dificuldade no acesso às informações do Legislativo baiano: “É um absurdo essas informações não estarem na internet. A maioria absoluta das casas legislativas no Brasil informa em seus sites. Mas é um absurdo maior ainda não fornecer essas informações para um jornalista que as solicitou. Torna-se suspeito. Se alguém se recusa a dar informações, algum motivo deve ter”.
Angélico alerta que este tipo de atitude prejudica a relação democrática com a população, que necessita de informações para fiscalizar os políticos e as casas legislativas. “Quando quebra-se esse vínculo, perdemos toda a confiança no parlamento”, afirma.
Brasília – Apesar de ser constante e duramente criticado por falta de transparência, o Congresso Nacional consegue dar aula à Assembléia Legislativa baiana. Os sites da Câmara de Deputados e do Senado divulgam a presença de todos os parlamentares nas sessões deliberativas. Para facilitar o trabalho da imprensa, a assessoria da Câmara ainda faz um levantamento com a porcentagem de presença de cada deputado, possibilitando ao eleitorado o acompanhamento do desempenho dos políticos em que votou.
Nos três anos do atual mandato (2007, 2008 e 2009), foram realizados 341 dias de sessões deliberativas. Entre os deputados baianos, se destacam Jutahy Jr. (PSDB), com 339 presenças; Sérgio Carneiro (PT), com 334; João Almeida (PSDB), com 321; e Fábio Souto (DEM), com 317 presenças. Todos eles estão na lista dos dez mais presentes dos 513 parlamentares da Câmara.
Entre os baianos que mais faltaram estão José Rocha (PR), com 70 presenças; Tonha Magalhães (DEM), 74; Maurício Trindade (PR), 80; Marcelo Guimarães (PMDB), 83; Severiano Alves (PMDB), 86; Marcos Medrado (PDT), 99; e Mário Negromonte (PP), 105. Os pré-candidatos ao Senado Lídice da Mata (PSB), com 91 presenças, e Edson Duarte (PV), com 85, também integram a lista dos faltosos. Em ano eleitoral, transparência é sinônimo de xingamento na Assembléia Legislativa da Bahia. Na operação “imagem limpa”, os deputados que pouco fazem e muito recebem contam com a preciosa ajuda do presidente do Legislativo, deputado Marcelo Nilo (PDT), para evitar que seus pífios desempenhos sejam estampados nos jornais.
No dia 7/1, o Jornal da Metrópole entrou em contato com Nilo solicitando informações sobre o desempenho dos deputados, como a lista de presença em plenário. O presidente da Casa “autorizou”, mas, 22 dias depois, a Assembléia Legislativa ainda não enviou as informações – em troca, ofereceu um caminhão de desculpas.
Este tipo de levantamento, corriqueiro nas casas legislativas a cada final de ano, misteriosamente não foi elaborado pela diretoria de informática da Assembleia baiana. Após a solicitação do Jornal da Metrópole a Nilo, a diretoria ficou de organizar as informações, mas a enrolação ocupou o espaço da transparência. De relatórios que foram mal elaborados a computadores quebrados, todo tipo de expediente foi utilizado para protelar o envio das informações que exporiam à população os deputados faltosos.
A omissão de dados sobre o desempenho dos deputados é mais uma “caixa-preta” da gestão Marcelo Nilo. Demonstrando seu “apreço” pela transparência, o presidente do Legislativo acumula atitudes que atrapalham a fiscalização, por parte da população, dos parlamentares baianos. Em abril de 2009, o Jornal da Metrópole denunciou que 62 dos 63 deputados embolsavam R$ 5.560 em diárias mensais, sem notas fiscais que comprovassem as viagens, com a conivência de Nilo. Apenas Maria Luiza Carneiro (PSC) ficou de fora da “farra”. Outra “caixa-preta” em 2009 foi denunciada pelo Jornal da Metrópole em 11/9 – o uso eleitoreiro da contratação de uma empresa de taxi aéreo, a Abaeté Aerotáxi. Foram gastos R$ 295 mil para fretar aviões para o uso dos parlamentares, que já possuem suas cotas de passagens.
Fiscalização – O presidente nacional da ONG Transparência Brasil, Fabiano Angélico, lamenta a dificuldade no acesso às informações do Legislativo baiano: “É um absurdo essas informações não estarem na internet. A maioria absoluta das casas legislativas no Brasil informa em seus sites. Mas é um absurdo maior ainda não fornecer essas informações para um jornalista que as solicitou. Torna-se suspeito. Se alguém se recusa a dar informações, algum motivo deve ter”.
Angélico alerta que este tipo de atitude prejudica a relação democrática com a população, que necessita de informações para fiscalizar os políticos e as casas legislativas. “Quando quebra-se esse vínculo, perdemos toda a confiança no parlamento”, afirma.
Brasília – Apesar de ser constante e duramente criticado por falta de transparência, o Congresso Nacional consegue dar aula à Assembleia Legislativa baiana. Os sites da Câmara de Deputados e do Senado divulgam a presença de todos os parlamentares nas sessões deliberativas. Para facilitar o trabalho da imprensa, a assessoria da Câmara ainda faz um levantamento com a porcentagem de presença de cada deputado, possibilitando ao eleitorado o acompanhamento do desempenho dos políticos em que votou.
Nos três anos do atual mandato (2007, 2008 e 2009), foram realizados 341 dias de sessões deliberativas. Entre os deputados baianos, se destacam Jutahy Jr. (PSDB), com 339 presenças; Sérgio Carneiro (PT), com 334; João Almeida (PSDB), com 321; e Fábio Souto (DEM), com 317 presenças. Todos eles estão na lista dos dez mais presentes dos 513 parlamentares da Câmara.
Entre os baianos que mais faltaram estão José Rocha (PR), com 70 presenças; Tonha Magalhães (DEM), 74; Maurício Trindade (PR), 80; Marcelo Guimarães (PMDB), 83; Severiano Alves (PMDB), 86; Marcos Medrado (PDT), 99; e Mário Negromonte (PP), 105. Os pré-candidatos ao Senado Lídice da Mata (PSB), com 91 presenças, e Edson Duarte (PV), com 85, também integram a lista dos faltosos.
Fonte: Radio Metropole
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