Gabrieli toma posse em secretaria planejando ser candidato a governador

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O economista José Sérgio Gabrielli, que deixou a presidência da Petrobras no início do mês passado, tomou posse nesta sexta-feira (9) como secretário do Planejamento da Vahia, em concorrida solenidade na Fundação Luís Eduardo Magalhães, no Centro Administrativo, em Salvador. Ele substituiu a Zezéu Ribeiro, que vai reassumir na próxima segunda-feira o mandato de deputado federal.

Em discurso na solenidade, o governador Jaques Wagner disse que a transição na Secretaria do Planejamento será tranquila:  “José Sérgio Gabrielli está capacitado para assumir qualquer empresa da iniciativa privada, mas optou por vir trabalhar com a gente porque tem um compromisso com o nosso projeto, que é de continuidade ao que está sendo executado pelo governo do Estado”.

Não é bem assim. Zezéu Ribeiro saiu a contragosto. Nada contra Gabrielli – afinal, os dois são petistas históricos, fundaram o partido na Bahia e enfrentaram muita poeira e sol juntos no longo processo de construção do PT baiano. Ambos, aliás, chegaram a disputar o governo da Bahia nos tempos bicudos do PT, quando era preciso fazer o partido crescer e garantir um palanque para as candidaturas de Lula a presidente: Gabrielli foi candidato em 1990, Zezéu, em 1998.

É que Zezéu, que ocupou o cargo em fevereiro do ano passado, preparava-se para receber os louros dos diversos projetos que tocou nesse período e não imaginava que seria substituído. “Fiquei um ano montando intensamente projetos de larga escala, com alcance regional e nacional, e na hora de capitalizar isso para a Bahia, eu saio”, desabafou, dias atrás, ao tomar conhecimento da mudança.

Para Gabrielli, porém, o ato de posse nesta sexta-feira é apenas o primeiro passo na construção de um projeto maior: ele não esconde o desejo de suceder Jaques Wagner no governo da Bahia e acredita que sua experiência como principal executivo de uma empresa internacional como a Petrobras o credencia para a disputa – e, mais ainda, para fazer um bom governo, garantem os amigos dele.

Até 2014, ele acredita que conseguirá pavimentar a estrada que o conduzirá à indicação do partido e, na sequência, ao Palácio de Ondina, a residência oficial do governador. Que não se duvide: mesmo os petistas que também postulam o cargo reconhecem a capacidade de trabalho de Gabrielli e sabem que, se for preciso percorrer os 417 municípios baianos, ele o fará.

A indicação para ser o candidato petista à sucessão de Wagner, no entanto, tem outros postulantes. A começar pelo chefe da Casa Civil, Rui Costa, amigo de Wagner há 30 anos. Também postulam ser o candidato a governador do partido nas eleições de 2014 o senador Walter Pinheiro e os prefeitos de Camaçari, Luiz Caetano, e de Lauro de Freitas, Moema Gramacho.

Fonte: Bahiatodahora

 

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