Os professores da rede estadual da Bahia –em greve desde o dia 11– terão o ponto cortado se não voltarem ao trabalho imediatamente. A medida da Secretaria da Educação revoltou os grevistas que decidiram, na manhã desta quinta-feira, manter a paralisação por tempo indeterminado
Os grevistas também resolveram continuar acampados em barracas no salão da Assembleia Legislativa, onde estão desde ontem.
O APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia) diz que o acampamento deve ser mantido pelo menos até a terça-feira (24), quando está prevista a votação do projeto de lei do governo do Estado que reajusta o salário de 5.200 professores com formação em nível médio.
A Secretaria de Educação, por meio de sua assessoria, informou que o ponto dos grevistas será cortado porque o movimento paredista foi considerado ilegal pela Justiça da Bahia. O sindicato recorreu da decisão na terça-feira (17).
“Essa medida só fez revoltar mais ainda a categoria”, disse o diretor de comunicação do APLB, Luciano Cerqueira. Ele afirmou que ainda não sabe como a notícia foi recebida pelos professores no interior do Estado, onde a adesão à greve não chega a 75%, segundo o próprio sindicato.
Na noite desta quinta, os manifestantes devem protestar na entrada do estádio do Pituaçu, em Salvador, onde acontece o jogo Bahia X Remo. Na sexta-feira (20), farão panfletagem no interior.
O governador Jaques Wagner (PT) concedeu um reajuste de 6,5% a todos os servidores em fevereiro. O sindicato cobra do governo o pagamento de 15,72%, que, somado ao percentual concedido, alcança os 22,22% estabelecidos pelo piso nacional.
A categoria também é contra o projeto do governo que está na assembleia para reajustar o salário de professores com formação em nível médio.
De acordo com a Secretaria de Educação, o rendimento deles subiria de R$ 1.187 para R$ 1.451. O sindicato diz que o texto acaba com benefícios desses profissionais.
Fonte: Folha de São Paulo
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