O governo federal espera concluir nos próximos dias o acordo para compra de 70 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica Pfizer. O imunizante demonstrou eficácia de 95% na prevenção da doença durante os testes clínicos e começou a ser aplicado no Reino Unido hoje, na primeira campanha de vacinação contra o coronavírus em países do Ocidente.
O governo vinha demonstrando resistência à aquisição do imunizante por causa dos desafios logísticos para distribuir as doses, que precisam ser conservadas a -75ºC. O acordo avançou após pressão da Pfizer, que havia dado prazo de uma semana ao Ministério da Saúde, e foi divulgado horas depois de o governo de São Paulo lançar plano de vacinação estadual a partir de janeiro, com a CoronaVac.
Diante do anúncio do governador João Doria (PSDB), o presidente Jair Bolsonaro reuniu os ministros da Saúde, Casa Civil e Comunicações, além do diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para apresentar uma resposta. Da reunião, saiu o anúncio de avanço nas tratativas com a Pfizer.
O governo também recebe pressão do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que disse que o Congresso deve estabelecer um plano para aquisição de vacinas com ou sem o Executivo.
Em foco: além da compra dos imunizantes, o Brasil terá o desafio de garantir os estoques de seringas, caixas térmicas, algodão e outros insumos.
Panorama: o país superou as 177 mil vítimas da Covid-19 e tem 6,6 milhões de contágios confirmados. Ontem, a média móvel de mortes voltou a ficar acima de 600, depois de 58 dias.
Fonte: O GLOBO
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