Governo orienta ministérios a responder sobre 23 acusações na CPI da Covid

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O governo federal tem uma operação em curso para se defender na CPI da Covid e blindar o presidente Jair Bolsonaro. Uma das estratégias é antecipar respostas para 23 acusações contra a gestão federal da pandemia. Treze ministérios foram encarregados de reunir as informações. Veja a lista das acusações.

Outra estratégia é preparar o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello para responder aos parlamentares. Pazuello ganhará cargo no Palácio do Planalto e terá assessores para se dedicar à sua defesa.

Também faz parte do plano a interlocução com pessoas próximas ao senador Renan Calheiros (MDB-AL), indicado como relator da comissão. Nos últimos dias, Bolsonaro ligou para Renan Filho, governador de Alagoas e filho do parlamentar, e procurou aproximação com o ex-presidente José Sarney.

Entenda: os 23 pontos foram definidos pelo governo a partir de um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a gestão do Ministério da Saúde na pandemia e da investigação do Ministério Público Federal do Amazonas (MPF-AM) que resultou em ação de improbidade contra Pazuello.

A mobilização do governo demonstra a preocupação diante da CPI. Parlamentares que integram a comissão dizem que a operação montada pelo Palácio do Planalto já era esperada.

Planalto quer ampliar influência no TCU para se proteger

O governo se mobiliza para evitar desgastes no Tribunal de Contas da União. Em uma tentativa de aumentar sua influência sobre a Corte, o presidente Jair Bolsonaro convidou ministros do tribunal para um café da manhã no Palácio do Planalto. Além disso, está disposto a oferecer uma embaixada a um dos ministros para poder indicar o substituto e mudar a correlação de forças no TCU.

Municípios buscam ‘fujões’ da vacina contra Covid até em casa

Cerca de 1,5 milhão de pessoas não apareceram para tomar a segunda dose de vacina contra a Covid-19, o que tem levado os municípios a promover mutirões de busca ativa para completar a cobertura vacinal dos brasileiros. As estratégias envolvem o envio de mensagens pelo celular e até visitas de agente de saúde. Porém, a procura não é a solução: especialistas alertam que a imunidade pode ficar prejudicada se o intervalo entre as doses não for respeitado.

Em foco: 38 cidades do Rio enfrentam grande atraso na vacinação e não imunizaram nem a metade dos seus idosos com a primeira dose.

O que mais importa

Brechas: vereadores e prefeitos criam leis e recorrem à Justiça para driblar medidas restritivas aplicadas por governadores.

Caso Henry: mãe do menino acusa Dr. Jairinho e diz, em carta, que pode ter sido dopada na noite da morte do filho.

Alianças: empresas de saneamento devem se juntar a fundos de investimento para disputar leilão da Cedae, na sexta-feira.

Mar de lixo: o Rio Grande do Norte quer que a Polícia Federal investigue a chegada de toneladas de resíduos em suas praias.

Destroços no mar: a Indonésia confirmou ter encontrado o submarino desaparecido com todos os 53 tripulantes mortos.

Fonte: O GLOBO

 

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