Interior do AM e do PA têm mortes por falta de oxigênio; em Manaus, doentes fogem para ‘morrer em casa’

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Enfermeiras de Manaus relatam que doentes infectados com a Covid-19 estão fugindo dos hospitais e até pedindo para “morrer em casa”. O motivo é o estresse causado pelo colapso do sistema público de saúde de Manaus, com mortes em série, unidades lotadas e escassez de oxigênio. O desespero retrata a crise sanitária que começa a avançar pela região Norte. Sem acesso ao gás medicinal, sete pessoas morreram em Coari (AM) e oito em Faro (PA).

Em foco: mães e seus familiares se preocupam com as incertezas sobre o abastecimento do oxigênio em maternidades do Amazonas. Na semana passada, o governo federal chegou a anunciar a transferência de 61 recém-nascidos. A ideia foi abandonada depois que o estado passou a receber cilindros do gás.

Mobilização: grandes empresas estão se juntando para comprar usinas de oxigênio a serem doadas para hospitais. As usinas são de fácil instalação e dispensam o uso de cilindros.

Panorama da pandemia: o Brasil chegou a 211.511 vidas perdidas e 8,5 milhões de casos de Covid-19. A média móvel de óbitos subiu 33% comparada a 14 dias, e a de contágios, 49%.

Fiocruz adia para março a entrega das primeiras doses da vacina de Oxford

Sem conseguir importar 2 milhões de doses da vacina de Oxford fabricadas na Índia, o Brasil também enfrentará atrasos na produção do imunizante no país. A Fiocruz informou ao Ministério Público Federal que não conseguirá produzir doses da vacina antes de março por falta do ingrediente farmacêutico ativo (IFA). O insumo é usado como matéria-prima e ainda não foi enviado pela China.

O adiamento da Fiocruz limitará a quantidade de doses para a imunização dos grupos de risco e diminuirá o ritmo da campanha de vacinação iniciada nesta semana. O Instituto Butantan também aguarda a liberação dos insumos para manter a produção da CoronaVac.

Em foco: diplomatas avaliam que o Brasil se precipitou ao divulgar com estardalhaço o embarque de uma aeronave para buscar as doses na Índia. A atitude feriu interesses, inclusive de nações vizinhas ao país asiático e está custando caro: o avião ainda não decolou.

Fonte: O GLOBO

 

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