Secretário apresenta proposta do governo para novos abatedouros
Os deputados conheceram ontem, numa audiência pública promovida pela Comissão de Agricultura e Política Rural, sob a presidência de Arthur Maia (PMDB), as ações do governo do Estado para combater o abate clandestino de carne com a construção de novos abatedouros, principalmente para beneficiar os pequenos e médios municípios, adaptando-os à Portaria 304/96 do Ministério da Agricultura, que regula o abate de bovinos, caprinos e ovinos. O secretário de Agricultura, Roberto Muniz, não somente trouxe as plantas para construção com baixo custo de investimento como também garantiu que o governo vai entregar em breve mais cinco abatedouros municipais, totalizando o número de 32, considerado ainda insatisfatório para a realidade baiana.
Os novos municípios que receberão abatedouros e beneficiarão suas regiões são Itabuna, Valença, Bom Jesus da Lapa, Morro do Chapéu e Remanso. O próprio Ministério da Agricultura e a Caixa Econômica Federal serão responsáveis pelos projetos de financiamento. Roberto Muniz fez questão de destacar que o objetivo do governo estadual é ampliar consideravelmente o número de abatedouros para combater o abate clandestino de bovinos, caprinos e ovinos, e as plantas de construção, conseguidas junto ao governo do Rio Grande do Norte, estão passando por várias adequações, pois as mesmas terão que estar enquadradas na realidade baiana.
O estado potiguar é considerado o mais efetivo no Nordeste no abate de animais e Roberto Muniz, com uma equipe de técnicos da Seagri, visitou o projeto elaborado pelo governo local, colhendo detalhes minuciosos que estão sendo importantes na adequação e elaboração do modelo a ser implantado na Bahia. Além do abate, o secretário lembra que as questões sanitárias e ambientais também são importantíssimas e precisam estar acopladas ao projeto de abate. A Bahia tem onze milhões de bovinos, sendo o sétimo colocado no país e o primeiro do Nordeste. É o segundo colocado em ovinos e o primeiro em caprinos no Brasil.
“Infelizmente a Bahia não está no rol dos estados exportadores de carne, apesar de considerado estado livre de febre aftosa há doze anos. Fiz questão de conhecer o trabalho do Rio Grande do Norte, que está em fase de aprimoramento, e estamos estudando e adequando as plantas à nossa realidade, pois não adianta tratar do problema de higienização do abate sem observar as questões sanitárias e ambientais”, disse o secretário, depois de ouvir as reivindicações dos parlamentares e ser bastante elogiado pelo trabalho que vem realizando na Seagri, apesar de ter assumido o cargo há pouco tempo.
CUSTOS
Os custos dos futuros abatedouros que serão implantados pelo Estado, com planilhas adaptadas à realidade da Bahia, serão em média de 900 mil a um milhão de reais, desfazendo estudos antigos da própria secretaria de que cada um poderia custar cerca de R$ 3,5 milhões de reais.
Roberto Muniz ressaltou a importância da parceria governo e Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembléia Legislativa, pois esta vem sendo importantíssima no implemento de ações para combater o grave problema do abate clandestino, respeitando e acatando a Portaria 304/96 do Ministério da Agricultura, mas procurando meios para proteger produtores dos pequenos e médios municípios.
Fonte: DOE
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