Em manifestação enviada ao STF, procurador-geral da República afirma que propina desvidada da Petrobras definia coalizões políticas e defende acordos de delação premiada
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, registrou em despacho que as coalizões políticas envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras foram definidas a partir do pagamento de propina desviada da estatal, e não por afinidade partidária. De acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo, as afirmações constam de uma manifestação enviada por Janot ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“Os fatos e delitos já apurados demonstram que a sociedade brasileira tem diante de si uma grave afronta à ordem constitucional e republicana. Pelo que até aqui foi apurado, o uso de apoio político deixou de ser empenhado em razão de propostas ou programas de partidos”, afirmou Janot. “As coalizões deixaram de ocorrer em razão de afinidades políticas e passaram a ser decididas em razão do pagamento de somas desviadas da sociedade, utilizando-se, para tanto de pessoa jurídica [Petrobras] que, até o início da operação policial, gozava de sólida reputação no mercado financeiro mundial”, completou.
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