O ex-presidente Lula está tendo que gastar boa parte de seu tempo para tentar apagar incêndios de seu próprio partido, o PT —que tem se desentendido internamente, ou com aliados, até mesmo em estados em que ele tem ampla dianteira de votos em relação aos outros candidatos.
O maior deles é em Pernambuco: Marília Arraes (PT-PE) decidiu deixar o PT depois de sofrer veto à sua candidatura ao Senado. Ela tem hoje 25,8% nas pesquisas. Mas o senador Humberto Costa (PT-PE) prefere apoiar o deputado federal Carlos Veras, que tem 1%.
Na Bahia, o desentendimento é tamanho que o PT não lançará nomes hoje competitivos para a campanha eleitoral. Jaques Wagner desistiu de se candidatar ao governo do estado, e Rui Costa, o atual governador, também não concorrerá a cargo algum.
O senador Otto Alencar (PSD-BA), que é aliado do PT no estado, vai concorrer à reeleição.
No Rio Grande do Norte, o atual senador Jean Paul Prates (PT-RN) também ameaça deixar o PT depois que a governadora Fátima Bezerra (PT-RN), candidata à reeleição, escolheu o prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, para disputar o cargo de senador em aliança com ela.
Prates quer concorrer à reeleição e ameaça migrar para o PSD.
Lideranças do PT e de partidos aliados se preocupam com o fato de Lula não ter, hoje, porta-vozes que possam costurar alianças e resolver os problemas nos estados. Desta forma, dizem, ele não pode ficar com a “cabeça livre para voar” e se dedicar a questões mais amplas e nacionais.
Mônica Bergamo/Folhapress
FONTE: POLITICA LIVRE
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