Por Congresso em Foco Em 07 jun, 2020 – 17:04
Protestos contra o presidente Jair Bolsonaro e a favor da democracia aconteceram em várias capitais brasileiras neste domingo (7). As principais pautas das manifestações são a luta contra o racismo, fascismo e a defesa da democracia.
A maioria dos atos foi organizado por grupos que se classificam como antifas, abreviação do termo “antifascistas”.
Em Belém (PA), foram detidas mais de 100 pessoas por desrespeitarem o decreto local de isolamento social contra a covid-19. Na cidade de Fortaleza (CE), a polícia militar isolou o perímetro do local onde aconteceu o ato.
Em Brasília, ao mesmo tempo que acontecia o protesto contra o governo, um grupo menor, composto por apoiadores do presidente, realizou um ato em apoio ao governo na pista contrária da Esplanada. As duas manifestações estavam separadas pelo gramado da Esplanada e por um cordão de isolamento da Polícia Militar.
Cenário semelhante aconteceu no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde bolsonaristas se manifestam para, nas palavras deles, impedir agressões contra “pessoas de bem”.
Os partidos de oposição ao governo de Jair Bolsonaro se dividem sobre o apoio de protestos, que causam aglomerações, durante a pandemia do coronavírus. O PT divulgou nota apoiando os atos, mas senadores do PSB, PDT, Rede, PSD e Cidadania se manifestaram contra.
São Paulo (SP)
Na capital paulista começou, às 14, o ato “Mais Democracia – Ato Fascista e Antirracista”. Os organizadores são a “Povo Sem Medo” e “Mais Democracia”. A concentração começou no vão livre do MASP, na Avenida Paulista.
Na convocação, os organizadores pediram obediência às regras de distanciamento social. “Vamos respeitar o distanciamento social. Todos devem estar de máscara, levar álcool gel e respeitar a distância de 1,5 m. Orientamos que as pessoas que fazem parte do grupo de risco possam apoiar o ato das suas casas.”
Outro ato, com o nome de “Vida Negras Importam”, foi marcado no Largo da Batata, na zona oeste de São Paulo.
Rio de Janeiro (RJ)
Também com nome “Vidas Negras Importam”, o ato organizado pelo Coletivo Marielle Franco, começou às 15h, no Monumento ao Zumbi dos Palmares, na Praça Onze, centro da capital do estado.
Na convocação, os organizadores citaram casos recentes e notórios de mortes de negros na cidade.
“Esse ato é uma resposta a ação genocida do Estado, nas periferias do Brasil e no mundo, contra a população negra e que segue ocorrendo e aumentando nos últimos tempos mesmo em meio a uma pandemia. Por Ágatha, por Marielle, por João Pedro, Marcos Vinícius, Maria Eduarda, não seguiremos apáticos diante desse genocídio”.
Brasília (DF)
Manifestantes contrários ao governo do presidente Jair Bolsonaro fizeram um ato na manhã deste domingo (7), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
O grupo começou a se concentrar às 8h30, em frente à Biblioteca Nacional, próxima à rodoviária do Plano Piloto, e perto das 10h começou uma caminhada até a altura do Congresso Nacional, onde a Polícia Militar impedia o acesso ao Palácio do Planalto.
Por volta das 11 horas, os participantes voltaram ao ponto de partida. O ato aconteceu de forma pacífica, sem registro de violência.
Fonte: Congresso em foco
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