Março tem 66 mil mortes por Covid-19, o dobro do registrado na primeira onda

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Sem um discurso unificado contra a pandemia e com a vacinação em ritmo lento, o Brasil chegou a 66.868 mortes por Covid-19 em março, mais que o dobro do mês que marcou o pico da primeira onda de contágios, julho de 2020. Pela primeira vez, todas as regiões do país tiveram recorde de óbitos; no Sul, o auge foi quatro vezes maior.

O prognóstico para abril não é bom. Março terminou com o maior número de mortes em 24 horas, próximo ao patamar de 4 mil — foram 3.950 vidas perdidas ontem. Especialistas dizem que não há sinais concretos de desaceleração no avanço do coronavírus, o país ainda patina na testagem, há pressão sobre os hospitais, e apenas 2,4% da população foi vacinada com as duas doses.

Uma solução, dizem, seria adotar lockdowns em escala nacional. Porém, o governo federal segue contrário à medida. Ontem, após reunião do comitê criado para debater a pandemia, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que “medidas extremas nunca são bem vistas”, e o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o único caminho é deixar o povo trabalhar.

Em foco: o Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems) afirma que estados podem estar estocando remédios usados para intubar pacientes. O Brasil corre o risco de esgotar os estoques do chamado “kit intubação”

Gargalo: a Fiocruz não conseguiu entregar todas as doses da vacina de Oxford acordadas com o Ministério da Saúde. Das 15 milhões prometidas para março no primeiro cronograma, 2,2 milhões foram enviadas ao Programa Nacional de Imunização (PNI).


Manifesto a favor da democracia une presidenciáveis

Seis possíveis candidatos à Presidência em 2022 divulgaram um manifesto em defesa da democracia no dia em que se completaram 57 anos do golpe militar que instituiu a ditadura em 1964. O documento é assinado por Ciro Gomes, Eduardo Leite, João Amoêdo, João Doria, Luiz Henrique Mandetta e Luciano Huck e foi divulgado em meio a troca no comando das Forças Armadas por decisão do presidente Jair Bolsonaro. Políticos que participaram da articulação do manifesto afirmam que foi o primeiro passo para a construção de uma candidatura única de centro.

FONTE: O GLOBO

 

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