Com a manutenção do impasse com o governo, os cerca de 4 mil médicos estatutários da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) decidiram, em assembleia realizada na noite de quarta-feira (30), em Salvador, paralisar as atividades – em forma de advertência – nos dias 5 e 6 de junho. Durante 48 horas, serviços como consultas e exames ambulatoriais serão suspensos, mantendo-se em funcionamento apenas as unidades de emergência.
Com data definida, o movimento soma forças com a paralisação dos médicos federais, que param nos mesmos dias, contra uma medida provisória que lhes tira 50% do salário.
Presente na assembleia, o secretário Jorge Solla (Saúde) teve a oportunidade de explicitar sua contraproposta e tirar as dúvidas sobre os desejos da classe.
Os médicos avaliaram que a proposta da Sesab tem pontos positivos como a implementação de um novo plano de cargos, carreiras e vencimentos (PCCV) para a categoria, entretanto decidiram rejeitá-la por não contemplar a incorporação da Gratificação de Incentivo ao Desempenho (GID) em seu valor máximo ao salário base, uma das principais reivindicações da categoria.
Além de disso, os profissionais reiteraram posição tomada anteriormente, de cobrar a bonificação para os plantões de 12h e 24h, que se acatada pelo governo seria de R$ 2.663,25 e R$ 3.767,12 respectivamente.
A proposta apresentada pelo secretário previa compor a remuneração dos profissionais com o salário base (subsídio do plano de cargos com a GID incorporada), mais a insalubridade calculada sobre o valor destes vencimentos.
A proposta de Solla inclui ainda o acréscimo para os plantonistas de 24 horas com valores entre R$ 800 e R$ 1 mil, referentes a dia de semana e dia de final de semana respectivamente.
Uma nova assembleia ficou agendada para o dia 13 de junho, em local a ser confirmado. A expectativa dos presentes é que, até esta data, o governo apresente uma nova proposta, já com valores de remuneração definidos
Fonte: Bahiatodahora
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