Segundo ex-tesoureiro da prefeitura de Campina Grande, Vital do Rêgo teria recebido dinheiro em espécie, em seu apartamento, fruto de contratos fraudulentos entre o Município e uma empreiteira
O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), o ex-senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), é acusado pelo ex-tesoureiro da prefeitura de Campina Grande (PB), Rennan Trajano Farias, de ter recebido R$ 10,3 milhões em 2010, desviados de um contrato entre o Município e uma empreiteira. As informações são do jornal Folha de S. Paulo desta segunda-feira (27).
Segundo Rennan Trajano, o dinheiro foi entregue em espécie ao ministro durante a campanha ao Senado de 2010. Vital será um dos responsáveis pela análise das contas presidenciais de 2014, em meados de agosto. Dilma é acusada de cometer crime de responsabilidade após o governo federal ter atrasado propositalmente o pagamento de benefícios sociais a bancos públicos. A manobra contábil é conhecida como “pedalada fiscal”.
Além de Vital, outro beneficiário do esquema teria sido o irmão do ministro, o deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PMDB-PB). O dinheiro teria sido entregue diretamente no apartamento de Vital, no bairro da Prata, em Campina Grande. “[Eu] deixava lá o pacote, ou a caixa, ou a sacola, a caixa de uísque [com dinheiro], depois ele fazia toda a repartição, a divisão, e resolvia seus problemas de campanha”, disse o ex-tesoureiro de Campina Grande à Folha.
O esquema funcionava da seguinte maneira. A prefeitura paraibana assinava contratos de fachada com a empreiteira JGR, prevendo obras como “pavimentação de ruas em diversos bairros”, por exemplo. Os serviços nunca eram realizados, conforme a Folha. Em nota ao jornal, o ministro do TCU negou ter recebido recursos do ex-tesoureiro.
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