Organizações contrárias e favoráveis ao impeachment de Dilma lutam contra o tempo para mobilizar o público e realizar atos por todo o país ao longo da próxima semana
Com a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de dar início ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, na última quarta-feira (2), movimentos favoráveis e contrários à saída de Dilma se organizam para tomar as ruas a partir da próxima semana. O objetivo convencer a opinião pública e pressionar parlamentares para se posicionar a favor – ou contra – a interrupção do governo Dilma.
A favor do impeachment, 11 grupos unirão esforços no próximo domingo (13), em várias cidades do país, para o que tem o objetivo de ser uma grande manifestação nacional pelo afastamento de Dilma. Até o momento foram confirmados atos em 12 capitais: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Natal, Recife, Belém, Aracaju, Cuiabá, Salvador e Teresina. Em quatro cidades (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba), os atos terão início às 13h. A escolha da data e do horário não foi por acaso, como explica Julio Lins, 18, porta-voz do movimento Vem Pra Rua. “É um ato apropriadamente simbólico. No dia 13, às 13 horas pelo ‘fora 13’, ‘fora Dilma’”.
Em defesa do mandato de Dilma
Organizações contrárias ao impeachment de Dilma se mobilizam para conter “golpismo”
No lado oposto da disputa, organizações contrárias ao impeachment também se organizam para tomar as ruas. Em vídeo publicado nesta sexta-feira (4), o secretário-geral da CUT Nacional, Sérgio Nobre, convoca os movimentos sociais e partidos da base governista a promoverem atos em defesa do governo de Dilma. “Neste momento é muito importante ocupar as ruas em defesa da liberdade, dos direitos dos trabalhadores, da democracia e contra o impeachment”, afirma Sérgio Nobre.
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