‘Não temos intenção de proteger ninguém à margem da lei’, diz chefe da Aeronáutica

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O comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior, afirma ao GLOBO, em entrevista exclusiva, que a nota emitida pelo Ministério da Defesa e o comando das Forças Armadas traz um “alerta às instituições” . O texto, segundo ele, foi uma “defesa institucional” contra declarações do presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), por generalizar menções aos militares e pelo tratamento dado ao general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, e o coronel Elcio Franco, ex-secretário-executivo da pasta.

O brigadeiro Baptista diz que os militares estão incomodados com o que descreve como uma tentativa de associação, por parte da CPI, entre a corporação e as suspeitas de corrupção apuradas pelos senadores. Mas reafirma que as Forças Armadas se mantêm “dentro das linhas da Constituição”. Sobre as especulações de que poderiam embarcar numa aventura golpista, afirma: “Homem armado não ameaça”.


O que foi dito: “Estes ataques desnecessários, volto a dizer, não podem… Façam o devido processo legal, apurem as responsabilidades, doa a quem doer. Não temos qualquer intenção de proteger ninguém que está à margem da lei”, afirmou sobre corrupção entre militares.

Contexto: a Defesa e as Forças Armadas se manifestaram contra declarações de Aziz depois que os nomes de militares que integram ou participaram do governo Jair Bolsonaro começaram a ser citados em suspeitas de irregularidades na compra de vacinas pelo Ministério da Saúde. Ontem, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o ministro da Defesa, Braga Netto, se reuniram para tentar contornar a crise.

Bolsonaro não vai responder a ofício de CPI

O presidente Jair Bolsonaro não pretende responder às perguntas feitas por senadores da CPI da Covid sobre as denúncias de corrupção no Ministério da Saúde. “Você sabe qual a minha resposta, pessoal? Caguei. Caguei para CPI. Não vou responder nada”, afirmou Bolsonaro, em transmissão ao vivo nas redes sociais. Os senadores pediram que o presidente confirme ou negue o relato do deputado Luis Miranda (DEM-DF) sobre a comunicação das suspeitas em reunião no Palácio da Alvorada.

Planos de saúde: mensalidade de contratos individuais e familiares terão redução de 8,19% neste ano.

Fonte: O GLOBO

 

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