Após declarar a possibilidade de sair do Democratas, inclusive, com a possibilidade de fundar uma nova agremiação política em parceria com o senador mineiro Aécio Neves, do PSDB, o deputado federal ACM Neto, escolhido na semana passada para liderar a bancada do partido na Câmara Federal, luta agora para manter o DEM vivo, já que hoje é apontado por figurões da política nacional como uma sigla fragilizada.
Na semana passada, o parlamentar baiano procurou o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, seu correligionário, que também já ameaçou deixar o partido. Dando prosseguimento à sua jornada, na qual adotou o papel de conciliador, Neto almoçou ontem, em Brasília, com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, uma das figuras mais expressivas do partido em nível nacional. O almoço, inicialmente, aconteceria em São Paulo, mas, por motivos não divulgados, foi transferido para a capital federal. Na saída do restaurante, Neto disse que a conversa “foi muito boa”.
Segundo interlocutores, a reunião serviu para mostrar que o partido não está abrindo mão de Kassab, que articula nos bastidores sua saída do DEM. O líder do partido é do grupo de Rodrigo Maia, presidente da legenda, que está em conflito com o grupo de Kassab e de Jorge Bornhausen (SC).
Em conversa com a Tribuna, ACM Neto afirmou ainda que tinha voltado atrás com relação às suas articulações para um futuro próximo e reafirmou a “necessidade” de aproximação com o PSDB. “Não tem contradição. A gente precisa entender que o projeto é de longo prazo e o primeiro passo vai ser tomado no dia 13 de março, na convenção nacional do Democratas, onde vamos escolher nosso novo presidente.
Depois de unificarmos o partido, vamos partir para o segundo passo, que será a costura de um novo cenário político, cujos reflexos serão vistos de verdade nas eleições de 2014. Vamos buscar ao máximo unir as forças das lideranças mais expressivas”, disparou ACM Neto. Em outra oportunidade, quando Neto anunciou sua aproximação com Aécio Neves, o deputado declarou à Tribuna que seu objetivo era trabalhar em prol de lançar o senador mineiro candidato a presidente da República.
Fonte: TB
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