Análise do Comentarista Político Paixão Barbosa- ATARDE ONLINE
Ainda na semana passada, escrevi que não havia problemas na seara do DEM e do PSDB a respeito da formação das chapas proporcionais (deputados estaduais e federais) para a eleição de outubro na Bahia. Descobri que, na verdade, eu estava desinformado e que os problemas na coligação opocisionista baiana cresciam como fogo de monturo (sabem aquele fogo que cresce abaixo da superfície e voce só vê quando ele aflora?).
Em todas as eleições, a questão das chapas proporcionais exige muito jogo de cintura e longas negociações porque ali está em jogo a sobrevivência política de muita gente que é cabo eleitoral dos candidatos majoritários e também porque nenhum partido aceita perder espaços. Mas creio que nunca vi tanta briga como este ano, pela composição das listas que irão disputar as vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal.
Já tivemos a briga na coligação encabeçada pelo PT, que resultou no afastamento do PR do senador César Borges da chapa majoritária do governador Jaques Wagner. E ainda permanece a indefinição em relação ao destino dos candidatos do PP (que ainda insiste no “chapão” esconjurado pelos petistas).
Agora surge o impasse entre DEM e PSDB, com o primeiro suplicando pela coligação proporcional, enquanto os tucanos querem tirar o corpo fora e lançar sua chapa “puro-sangue”. Na Assembleia Legislativa, por exemplo, o DEM tem 12 deputados, enquanto o PSDB conta com apenas um representante, mas, em razão das voltas que a política dá, é quase certo que boa parte dos deputados do Democratas não se reeleja e, o quadro pode assumir ares de tragédia se não houve a coligação. Algumas análises apontam uma redução para apenas oito, ou menos, deputados.
Enfim, os tucanos baianos estão classificando uma coligação com o aliado DEM como o “abraço de afogado”, aquele que só ajuda a ir para o fundo. Para agravar a angústia do DEM, até o PTN, que está na coligação em torno de Paulo Souto, já pensa em cair fora e se aliar ao PMDB, também apostando na sobrevivência dos seus candidatos a deputado.
É o velho ditado popular em plena forma: “Em casa que falta feijão, todos brigam e ninguém tem razão“. Traduzindo: o que importa é a sobrevivência, o resto se resolve depois..
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