Nota Pública – Seca

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secaA Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia – Faeb, mais uma vez, vem por meio de NOTA PÚBLICA alertar aos governos estadual e federal sobre a gravíssima situação que vive a Bahia. Mais de três milhões e meio de pessoas estão diretamente atingidas pela pior seca dos últimos 30 anos. Cerca de três milhões de cabeças de gado em 200 municípios estão sendo dizimadas ou em risco, desestruturando a atividade, com prejuízo incalculável do produtor. Dezenas de milhares de famílias estão perdendo toda a sua produção agrícola.

E, mesmo com os constantes apelos partindo da FAEB, até o momento, nada de concreto foi realizado para ajudar os produtores rurais e suas famílias. Seu Presidente, João Martins, foi, pessoalmente, ao Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, no dia 14 de março passado, acompanhado de uma comitiva de parlamentares. Na ocasião foram solicitadas várias providências, tais como: a concessão de créditos de emergência para contratação de serviços, o pedido de compra de ração, transporte de água em carro pipa, abertura de poços e construção de bebedouros, prorrogação de débitos, crédito para compras pessoais de alimentos, etc.

Mesmo tendo a Faeb alertado ao Ministério da Integração, até a data de hoje, paradoxalmente, nada de concreto foi executado. Nenhum dos bancos oficiais (Banco do Brasil e Banco do Nordeste) sinalizou abertura e concessão de créditos emergenciais ou renegociação da dívida dos produtores que sofrem com a estiagem. Não há notícias de que providências efetivas foram tomadas. Nada evoluiu. A seca se agrava cada vez mais e é preciso que recursos sejam liberados urgentemente para que nosso agricultor possa sobreviver.

Diante de uma ação tão débil e fragmentada, e da iminência de um verdadeiro desastre econômico e social, a FAEB, quase que em grito de desespero, apela, mais uma vez às autoridades estaduais e federais, pela defesa não só da agricultura e economia do nosso estado, mas, sobretudo, pela sobrevivência do homem do campo, que representa a maior população rural do país – já tão fragilizada com um dos piores indicadores sociais e econômicos do Brasil, o que agrava e a torna ainda mais vulnerável.

Por isso, em favor dessa população já tão sofrida e desassistida, entende-se que já está mais do que na hora de construir políticas públicas sérias (e com real impacto) para orientar e apoiar o produtor na convivência com a seca, pois, se esse efeito climático é constante, o sofrimento que ele traz pode, sim, ser mitigado.

Se nada for feito, existirão desdobramentos indesejáveis também a médio e longo prazo, provocando impactos sociais e econômicos imensuráveis para o Estado da Bahia.

Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia

 

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