Como é do conhecimento de todos euclidenses, a Câmara de Vereadores deixou de transmitir as suas sessões através da rádio comunitária local, o que impede o acompanhamento das notícias dos assuntos do interesse da população tratados naquela casa.
Para que as informações e as notícias da Câmara de Vereadores cheguem à população euclidense, estamos divulgando regularmente no nosso site, um resumo dos assuntos tratados nas sessões da Câmara de Vereadores, as quais devem ser realizadas todas as segundas e terças-feiras da semana.
• Sessão da Câmara do dia 9 de novembro de 2009 (segunda-feira)
Transcrevemos a seguir o resumo dos assuntos tratados na sessão do último dia 9 de novembro.
Por volta das 20h40, a presidente da Câmara de Vereadores Romilda Lisboa Costa iniciou à sessão.
Sem vereadores inscritos para usar a tribuna a Presidente da Casa franqueou a palavra. O vereador Diassis Melo foi o primeiro a se pronunciar e comentou sobre a sua ida a Serrinha, na quarta-feira passada, junto com os vereadores Luciano Pinheiro, Cláudio Lima e Josefa Bastos, para fiscalização das contas do município. “As pessoas me perguntam: O que é que vocês encontram lá em Serrinha? Nós encontramos em Serrinha o retrato do que se passa aqui em nosso município. Então quando se fala em pagamentos, cópias, etc, nós achamos alguns valores significantes. Agora os valores mais altos estão concentrados nas empresas. Como é a Srª Prefeita quem assina os contratos com as empresas é ela que realmente tem algo a informar sobre a necessidade da contratação de determinada empresa e o porquê dos valores altos”, disse.
Continua: “O que a gente precisa é que a Prefeita nos informe onde e porque está se gastando tanto dinheiro com essas assessorias, pois o dinheiro do município, dessa forma, está indo embora e a gente não está vendo as obras que o povo precisa”, concluiu. Ainda em sua fala Diassis Melo justificou a ausência dos vereadores Julles Breno e Ireno Barreto, ambos encontram-se em Salvador fazendo tratamento de saúde.
O vereador Luciano Pinheiro apresentou o documento que comprova o contrato de 300 mil reais com a empresa de publicidade retirado dos 15% da saúde. “Quando falamos semana passada que foi gasto cerca de 300 mil reais do recurso da saúde algumas pessoas pensaram até que era brincadeira. Hoje eu trago aqui o extrato do termo de contrato com a empresa de publicidade publicado no Diário Oficial do município de Euclides da Cunha”, em seguida o vereador leu na íntegra o contrato para os presentes.
O vereador disse ainda que está sendo perseguido. “Estou muito triste e indignado até, porque nós temos muitas amizades em diversos povoados e ao resolverem fazer uma festa tradicional, aí eu não entendo o que é que tem contra o vereador Luciano, pois já é imposição. Onde o vereador Luciano estiver não vai nada. Minha gente as pessoas, os vereadores, a prefeita, o deputado, precisam saber de uma coisa: não adiante impedir de um determinado povoado receber um benefício de um vereador que quer colaborar. Por exemplo: ontem eu fui à Serra Branca e falaram que se o vereador patrocinasse não teria festa. Eu fui, andei de casa em casa, almocei na casa das amigas, e mesmo pesado, ainda joguei bola, e quase fiz gol no torneio de futebol onde foi pago 600 reais. Saí, curti, visitei e ninguém me impediu. Será que vão me impedir de entrar em um povoado? Política não se faz como antigamente com o coronelismo, os currais, o cabresto. O povo quer ver é a presença, o corpo a corpo”, disse.
O vereador José Milton iniciou o seu pronunciamento parabenizando o vereador Cláudio Lima pela passagem do seu aniversário. Em seguida, reportou novamente, a exemplo da sessão passada, o gasto dos 300 mil reais com a empresa de publicidade e disse ser caso de invocar o Ministério Público. “Faltam médicos, materiais na emergência, mas não falta dinheiro para contratar uma empresa por 300 mil reais retirando o recurso da saúde. Isso é um absurdo, é uma falta de respeito com o povo de Euclides da Cunha. Agora aquela frase que diz: “Não roubando e não deixando roubar o dinheiro dá”, agora sim essa frase cabe certinha no bolso de quem a inventou, ainda na campanha eleitoral passada”, afirmou.
A desorganização do trânsito também foi pauta do discurso do vereador José Milton. “Outra coisa que não poderia deixar de comentar mais uma vez aqui nessa tribuna é sobre a desorganização do trânsito de Euclides da Cunha, pois a cada dia que passa está ficando impossível transitar no centro da cidade por volta do meio dia e no fim da tarde. É carro parado em fila dupla, outro chega e para no meio da rua e a gente perde quatro, cinco ou dez minutos esperando sem ninguém para nos atender. Meu Deus! Pra que é que temos uma Prefeita, um Secretário de Administração, pra que é que tem tanta gente contratada, que continua ainda. Será que é muito determinar que coloque alguma dessas pessoas que estão batendo cabeça com cabeça em algum setor dessa administração. Por que não treinar duas ou três pessoas, até mesmo pedindo o apoio da Polícia Militar, pra ver se melhora um pouco mais esse trânsito, pois está demais”, finalizou.
O vereador Cláudio Lima disse ao iniciar o seu pronunciamento que não iria se inscrever por conta de ser seu aniversário, mais que, pelo calor das discussões resolveu falar. “Quando a Prefeita assumiu a administração municipal a princípio ela nos pediu 90 dias, chegando um pouco mais pra frente eu cheguei a dizer que daria um ano. Quando iniciou o governo eu imaginei duas vertentes: eu imaginei que por um lado o governo poderia trabalhar muito, porque a Prefeita tem um marido Deputado e consequentemente quer a reeleição, essa era uma vertente. A outra vertente era: este governo, como as verbas são carimbadas, vai extrair recurso das assessorias. Acertei. Acertei na segunda. Gostaria de ter acertado na primeira, pois de fato todo mês que a gente vai a Serrinha é mais assessoria nova, ou uma empresa, ou duas, ou três, como a gente vem denunciando nessa Casa”, ressaltou.
Continuando o vereador falou de uma empresa que encontrou no Tribunal de Contas em Serrinha. “Uma empresa aberta no dia 16 de dezembro em nome de quem, chutem aí senhores vereadores? A eleição terminou em outubro, eles são tão inexperientes, me parecem que desaprenderam, que poderiam ter comprado uma empresa velha, já de 20 anos, mas sabem quem é o proprietário dessa empresa? O ex-prefeito de Ouriçangas eleitor assíduo do deputado José Nunes e que recebe oito mil e quinhentos reais por mês por sua empresa de assessoria. Aí eu pergunto: Aberta pra quê essa empresa? Para beneficiar Euclides da Cunha? O ex-prefeito de Ouriçangas perde a eleição lá na cidade dele e vem pra cá levar todo mês oito mil e quinhentos reais. Eleitor do deputado José Nunes”, ironizou.
Sem mais vereadores inscritos para usar a tribuna a Presidente deu por encerrada a sessão.
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