O governo aposta em termelétricas para afastar o risco de apagão, em meio à crise hídrica. Mas a estratégia vai pesar no bolso dos consumidores — pelo menos até 2025.
O acionamento de usinas térmicas entre janeiro e novembro deste ano custará R$ 13, 1 bilhões, segundo simulações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O valor será compensado na conta de luz.
O impacto na fatura, porém, deve se estender, já que estão previstos investimentos de R$ 12 bilhões em térmicas até 2026. Em outubro, o Ministério de Minas e Energia fará um leilão para compra de adicional de energia. Segundo as regras, o governo aceitará energia de usinas a óleo e a gás com preço do megawatt-hora até quatro vezes maior do que o praticado em agosto.
O que está acontecendo: em julho, o Brasil registrou recorde na geração de energia por usinas termelétricas — que são mais caras e mais poluentes — e a menor produção por hidrelétricas para o mês desde 2002. O governo planeja manter as térmicas em operação mesmo durante o período úmido e ao longo de 2022.
Efeito colateral: a crise hídrica já impacta na vida dos brasileiros, mudando hábitos e até meios de produção e renda. Em cidades do Paraná e de Minas Gerais, pequenos produtores suspenderam o plantio. E há quem faça limpeza de madrugada devido à interrupção diurna do abastecimento de água.
Bolsonaro testa negativo e viaja para inaugurações
Dispensado do isolamento após testar negativo para a Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro iniciará agenda de viagens por diferentes regiões do país, buscando reverter a queda de sua popularidade. Na terça-feira, o presidente vai à Bahia inaugurar trecho de 10 quilômetros de asfalto. A agenda marca os 1000 dias de seu governo . A primeira-dama Michelle Bolsonaro e outros integrantes da comitiva que foi a Nova York também testaram negativo. Já o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, recebeu diagnóstico positivo.
O que mais importa
Vaga no STF: ministros da Corte pressionam o Senado pela realização da sabatina de André Mendonça.
Eleições: novo partido que surgirá da fusão de DEM e PSL quer atrair Geraldo Alckmin e Romeu Zema.
Pandemia: a CGU identificou o sumiço de 336 respiradores doados pelo governo a estados.
FONTE: O GLOBO
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