POR MAIÁ MENEZES, EDITORA DE PAÍS
As pesquisas Ibope/TV Globo/Estadão e Datafolha, divulgadas nos últimos dias, indicam o que a percepção dos analistas políticos já sinalizava. O Brasil nunca viu uma eleição assim: campanha de tiro curtíssimo, com o principal nome do PT preso, potencialmente inelegível, mas ainda bem vivo no imaginário de parte significativa do eleitorado. Enquanto o partido adia reiteradamente a decisão sobre a candidatura do ex-presidente Lula, condenado em segunda instância pela Lava-Jato, Fernando Haddad vai aos poucos tentando se apresentar ao Nordeste — onde 41% dizem não ter candidato, no cenário sem Lula.
Na visita a Salvador, parte do tour que Haddad faz à região, o virtual candidato do ex-presidente, caso ele desista ou seja impugnado pelo Tribunal Superior Eleitoral, o ex-prefeito de São Paulo chegou a ser chamado de Andrade.
Eleitorado feminino: maioria nas urnas, minoria nas candidaturas
A despeito das cotas, e do fato de que pela primeira vez numa eleição presidencial as mulheres são a maioria do eleitorado, o percentual de candidatas a cargos no Legislativo é menor do que em 2014. Nos cargos a governador, onde a cota não existe, são apenas 14%. É do eleitorado feminino, por outro lado, que vem a maior resistência ao primeiro colocado nas pesquisas no cenário sem Lula. Jair Bolsonaro (PSL) é rejeitado por 41% das mulheres. Entre os homes, 33% dizem que não votariam nele de jeito nenhum.
Fonte: O GLOBO
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