Colunista Bela Megale e cientista político Carlos Melo avaliam o impacto da entrada do ex-juiz na corrida para se apresentar como alternativa a Lula e Bolsonaro na corrida presidencial do ano que vem
O Globo
04/11/2021 – 04:00
Depois de um período nos Estados Unidos, o ex-juiz da Lava-Jato e ex-ministro da Justiça Sergio Moro desembarcou essa semana em Brasília disposto a participar da disputa eleitoral de 2022. O Podemos, partido do senador Álvaro Dias (PR), marcou seu ato de filiação para o próximo dia 10. E a expectativa da legenda é que Moro se apresente como candidato a presidente da República. Mas o ex-juiz sofre resistências entre políticos, críticos da operação Lava-Jato, petistas e bolsonaristas. E, por isso, terá obstáculos importantes para superar caso realmente queira se viabilizar como o candidato de terceira via e enfrentar Lula e Bolsonaro no ano que vem.
Na quarta-feira, o ex-juiz da Lava-Jato teria um encontro com dirigentes do PSL, partido que se uniu ao DEM para criar o União Brasil. Mas, por pressão de caciques da legenda, que não querem associar o PSL à candidatura de Moro, o encontro foi cancelado. Mas esse é apenas um obstáculo para Moro se consolidar na disputa. Até o momento, já são 11 políticos que se apresentam como opções para a terceira via. Na lista, um dos nomes do PSDB, que vai definir, este mês, quem deve ser oficializado como representante tucano ao pleito: o governador de São Paulo, João Doria, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite ou o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, o PSDB. Também despontam o pedetista Ciro Gomes e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que anunciou recentemente a saída do DEM para o PSD, legenda pela qual deve ser candidato em 2022. Já o MDB se movimenta para lançar a senadora Simone Tebet como pré-candidata. No Ao ponto desta quinta-feira, a colunista Bela Megale conta os bastidores das articulações de Moro para ser candidato em 2022, e o cientista político Carlos Melo, do Insper, analisa as chances de outros pré-candidatos abrirem mão de seus nomes diante do cenário em que o ex-juiz da Lava Jato aparece, hoje, entre os mais fortes para a disputa.
FONTE: O GLOBO
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