O que pesa para Barbosa decidir ser ou não candidato

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Saúde e privacidade são temas caros ao ex-ministro do STF, que está a um passo de se lançar à disputa presidencial pelo PSB

Caso decida encarar uma candidatura à presidência da República, Joaquim Barbosa abdicaria de aspectos da vida que lhe são caros atualmente: a privacidade e a saúde. No auge da notoriedade, quando era ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do maior processo já aberto na corte, o mensalão, Barbosa não tinha sossego. Era assediado pela mídia e vivia sob os olhos da opinião pública. Quando se aposentou precocemente, em 2014, ele conquistou uma rotina mais próxima à de um cidadão comum – embora ainda seja reconhecido nas ruas com frequência e abordado por admiradores.

Quando estava sob a tensão do julgamento do mensalão, o então ministro sofria de dores fortes nos quadris, que muitas vezes o impediam de sentar-se durante as sessões em plenário. Agora, com mais tempo para se cuidar e menos estresse na rotina, praticamente livrou-se do mal. Outra questão que poderia impedir Barbosa de voltar à vida pública é a falta de unidade do PSB em torno de seu nome. O ex-ministro estaria menos relutante em assumir a candidatura se, internamente, a legenda não levantasse tantas objeções a ele.

A família de Barbosa não costuma dar opinião sobre o assunto. Mas ele ouve de alguns amigos que não seria interessante se candidatar. Eles conhecem o perfil do ex-ministro, inclinado a dizer o que pensa sem cerimônias. Esse estilo, muitas vezes, causou desavenças e inimizades no STF. (O GLOBO)

 

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