O presidente Jair Bolsonaro provocou grande aglomeração no Rio, ontem, ao realizar uma carreata com motoqueiros, da Zona Oeste à Zona Sul. Sem usar máscara, ele discursou para apoiadores no Monumento dos Pracinhas, no Aterro do Flamengo. Ao seu lado, também sem máscara, estava Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde.
A presença de Pazuello, que é general da ativa, irritou a cúpula do Exército, uma vez que é proibida a manifestação política de integrantes da Força. Militares graduados avaliam que o ex-ministro deve ser pressionado a ir para a reserva . O ministro da Defesa, Braga Netto, e o comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, conversaram ao telefone sobre o episódio. Desconfortados, integrantes da CPI da Covid, querem que Pazuello seja novamente convocado a depor.
Outro olhar: o ex-ministro da Defesa Raul Jungmann considerou “gravíssimo” o ato de Pazuello. “Se ultrapassar desse limite, qualquer sargento, tenente ou capitão poderá fazer o mesmo. Isso representa a implosão da hierarquia e da disciplina militares que até aqui permaneceram incólumes a tudo isso”, disse em mensagem enviada a interlocutores.
Fonte: O GLOBO
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