O ex-governador Paulo Souto (DEM) não será o candidato da oposição ao Governo da Bahia nas eleições de outubro. A decisão é definitiva e já foi comunicada por ele aos demais líderes oposicionistas num encontro na terça-feira (28).
Souto alega que já foi duas vezes governador e que o atual momento político-eleitoral pede um nome novo para representar a oposição na disputa pelo Palácio de Ondina.
Pesquisas qualitativas indicam que, mais forte que o sentimento de mudança, o eleitorado cultiva a busca pelo novo.
Souto acha que não pode ser a resposta a essa sentimento de novidade que os eleitores reclamam, pois já foi governador duas vezes. Segundo ele, o candidato da oposição precisa atender a esse sentimento de novidade. O raciocínio se completa com as pesquisas espontâneas, nas quais o nome do prefeito de Salvador, ACM Neto, obtém elevados índices de intenção de voto.
Mas, contradizendo esse raciocínio, a última pesquisa quantitativa interna encomendada pelo DEM aponta Souto disparado, com cerca de 45% das intenções de voto para governador – contra cerca de 25% dos demais candidatos reunidos.
A posição do ex-governador, no entanto, não é novidade. Ele vem dizendo isso desde o início das articulações para a formação de uma chapa de unidade das oposições para as eleições de outubro. Nos últimos meses, recebeu pressões para assumir a candidatura, inclusive da direção nacional do DEM, que vê na Bahia o único estado em que o partido poderia disputar a eleição para governador com chances de vitória.
As pressões da direção nacional pela candidatura do ex-governador vieram acompanhadas de garantias, dadas pelo presidente nacional do partido, senador Agripino Maia (RN), inclusive quanto ao financiamento da campanha eleitoral.
Com Paulo Souto fora da disputa, ganha força a candidatura do presidente estadual do PMDB, Geddel Vieira Lima, segundo colocado nas pesquisas de intenção de votos. Mas os pré-candidatos José Carlos Aleluia (DEM) e João Gualberto (PSDB) garantem que continuam na disputa.
De todo modo, não está descartada de todo a presença de Paulo Souto na disputa eleitoral: ele pode vir a ser candidato a senador ou a deputado federal – neste último caso, o filho dele, Fábio Souto, desistiria da reeleição para a Câmara dos Deputados e disputaria uma cadeira na Assembleia Legislativa.
Fonte: bahiatodahora
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