Emílio Odebrecht
Presidente do conselho de Administração da Odebrecht
Sou um otimista convicto quanto ao que podemos esperar do mundo, do Brasil e da sociedade em geral. Não se trata apenas de uma questão de princípio. Essa visão positiva, que tenho feito prevalecer mesmo nos momentos mais difíceis, é produto de uma constante reflexão sobre as transformações em curso na realidade que nos cerca.
Sou capaz de aquilatar o quanto ainda temos a fazer e a quantidade de problemas que ainda persistem à espera de soluções, mas não tenho dúvidas de que o momento que estamos vivendo, especificamente no Brasil, é muito melhor do que aquele que nossos pais experimentaram 50 anos atrás.
O ser humano tem demonstrado, ao longo da história, uma capacidade surpreendente de se renovar, reinventar e transformar situações adversas em oportunidades.
Cada vez mais cidadãos, empresas e governos se empenham, de forma consequente, na busca de soluções realistas e viáveis para reduzir a pobreza, criar oportunidades de trabalho e renda, promover o acesso ao conhecimento e às novas tecnologias e preservar o meio ambiente.
Um dos temas de preocupação, o da sustentabilidade, se inseriu irreversivelmente na pauta de todas as organizações responsáveis.
Há um entendimento de que o compromisso com a sustentabilidade, além de encarado como um valor econômico, ambiental, social, cultural e político, deve ser também claro e permanente porque é mais do que uma resposta às exigências do mundo atual e um ato consciente de respeito para com as gerações futuras.
Precisa ser assumido como um modo de ser inerente às empresas e aos países que pretendem ser competitivos hoje e no futuro.
Mas minha crença na capacidade realizadora dos brasileiros não é suficiente para minimizar o tamanho dos desafios que temos pela frente.
Por essas boas razões, devemos ser cada vez mais exigentes conosco mesmos e jamais ficar satisfeitos com o que alcançamos, já que é sempre possível fazer mais e melhor hoje do que fizemos ontem.
Também deve ser alto o grau de exigência que vai orientar nossas escolhas, principalmente em um ano eleitoral,quando todo rigor é pouco na avaliação de capacidades, valores e padrões éticos e morais dos candidatos.
A circunstância requer homens e mulheres comprometidos com um futuro melhor e uma posição de vanguarda para nosso país, líderes sociais e políticos, intelectuais e empresários que tenham a capacidade de ver antes e ver longe, subordinem os interesses pessoais ou de grupos que eventualmente representam ao interesse coletivo e trabalhem, de fato, para o bem da nação.
Transcrito do Jornal ATARDE – Edição de 22/08/2010
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