Sob pressão do presidente Jair Bolsonaro e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a direção da Petrobras decidiu criar um programa social de apoio a famílias de baixa renda no acesso a insumos essenciais, com foco no botijão de gás. A ação envolverá R$ 300 milhões e vai durar 15 meses — estará em vigor durante toda a campanha eleitoral em 2022.
O modelo do programa ainda está sendo elaborado.
O anúncio foi feito no mesmo dia em que Bolsonaro afirmou que o preço do botijão poderia cair à metade. E representa uma mudança no discurso da cúpula da estatal. Na segunda-feira, o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, havia dito que não caberia à empresa ações para subsidiar o botijão de gás.
O que está acontecendo: a política de preços da Petrobras tem sido alvo de críticas, não só de Bolsonaro. Arthur Lira disse nesta semana que o país “não pode tolerar gasolina a quase R$ 7 e botijão a R$ 120”. Ele passou a articular alternativas no Congresso, como uma proposta para fixar o valor do ICMS, e discute com líderes da base do governo a criação de um fundo “para dar conforto às oscilações” dos preços dos combustíveis.
Em paralelo: a Câmara dos Deputados aprovou a criação do Gás Social, um novo auxílio para famílias de baixa renda que bancará, se aprovado pelo Senado, pelo menos 50% do valor do botijão de 13kg.
Ponto-chave: o ICMS é apontado por Bolsonaro como o vilão do alto preço dos combustíveis. Mas o imposto estadual não é o único tributo a incidir no cálculo. Entenda o peso dos impostos e de outros fatores na oscilação do preço da gasolina.
Fonte: O GLOBO
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