Politização das PMs nos estados acende alerta de governadores, que pedem reunião com Bolsonaro

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crescente politização das Polícias Militares entrou na agenda de preocupações dos governadores, e o grupo quer se reunir com o presidente Jair Bolsonaro e demais chefes de Poderes para pedir o fim dos ataques às instituições e à democracia. No entanto, ministros de Bolsonaro avaliam ser  “muito difícil” que o presidente aceite o diálogo. Ontem, em nova investida contra o Judiciário, Bolsonaro voltou a atacar o sistema eleitoral e as eleições de 2022, crítica que tem insuflado seus apoiadores para manifestações.

O que está acontecendo: o governador de São Paulo comunicou ontem o afastamento de um coronel da Polícia Militar do estado por indisciplina. O militar fez publicações em suas redes sociais convocando militares às ruas em apoio à Bolsonaro e contra o Supremo Tribunal Federal e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Doria disse aos governadores, durante videoconferência, que informações da inteligência apontam o risco de movimentos semelhantes se repetirem em outros estados: “Há um estímulo pelas redes sociais para que militantes do movimento bolsonarista utilizem armas e saiam às ruas armados”, declarou.

O que dizem os especialistas: manifestações de cunho político-partidários são vedadas na Polícia Militar e devem ser punidas. Além de sanções, conter uma possível politização da corporação demanda que sejam fortalecidos mecanismos de supervisão, controle e auditoria dentro dos quartéis.

“A não punição do (general Eduardo) Pazuello abriu uma porteira e deixou os demais oficiais à vontade para se manifestar politicamente. Nesse cenário, não podemos simplesmente acreditar na solidez das instituições. Precisamos proteger e garantir que as normas sejam respeitadas”, afirma Renato Sérgio de Lima, presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

O que mais importa
Mensagem: Guedes planeja enviar o Orçamento com meta fiscal rígida e sem reajuste do Bolsa Família para tentar tranquilizar mercado.
LDO: ao contrário do veto divulgado, Bolsonaro manteve as emendas de relator, mas reduziu poder do Congresso sobre execução desses recursos.
Educação: ministro voltou a defender que crianças com deficiência não estudem na mesma sala de outros alunos: “Não queremos o inclusivismo”.
CPI da Covid: comissão ouve hoje Emanuel Catori, sócio da Belcher, empresa suspeita de ligação com líder do governo.
Greve: paralisação de trabalhadores na CPTM afeta três linhas nesta manhã, e prefeitura de São Paulo suspende rodízio de veículos.
Pandemia: o número de mortes de idosos vacinados com as duas doses no Rio dobrou em um mês e meio.
Brasileirão: comandado por Marcão, o Fluminense empatou com o Atlético-MG e impediu a 10ª vitória seguida do líder do campeonato.

Fonte: O GLOBO

 

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