Prata da casa

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Por: Ismael Abreu

A FACE é uma associação apartidária que tem como objetivo principal despertar a cidadania dos euclidenses e aprimorar a sua conscientização política. Nesse sentido, mais uma vez reafirmo que não pretendo ocupar qualquer cargo eletivo em Euclides da Cunha, e isso se deve também ao fato de entender perfeitamente o jogo político, onde, na maioria dos casos, o que prevalece são os interesses mesquinhos e individuais das partes envolvidas num processo eleitoral. O candidato simula e seduz o eleitor com suas promessas e distribuições de “favores”, tais como: cargos na prefeitura, emprego para um amigo, bens materiais como tijolos, filtros, colchões, etc., e, até mesmo, dinheiro vivo. O eleitor, infelizmente, se deixa seduzir por essas promessas e “favores”, por acreditar que o jogo é assim mesmo. Sinistro, não?

Eleitores! Não podemos pensar somente em nós, nos amigos e defender exclusivamente os interesses pessoais. Precisamos pensar também na coletividade, em todos os euclidenses e no bem comum do nosso Município. O que devemos exigir dos nossos governantes é um bom sistema de educação, de saúde e geração de oportunidades de emprego e renda para todos.

Chega de receber migalhas em troca do voto, de pensar pequeno ou de conceder o “voto de gratidão” (por ter recebido algo que é seu de direito), pois isso só nos leva aos nossos famosos quatro anos de reclamações. Aceitar esse cenário é ter uma visão burra, onde a médio e longo prazo todos perdem.

Logo o eleitor vai perceber que aquele candidato que calçava um simples chinelo ao pedir voto, uma vez eleito, estará sempre de salto alto; que suas promessas não serão cumpridas; e que os abraços e os apertos de mão serão trocados por “bananas”. Por falta de uma conscientização política da maioria dos eleitores, infelizmente o jogo ainda é esse mesmo! Nesse aspecto, devo concordar com um dos mais importantes escritores luso, Eça de Queiroz, que disse: “Políticos e fraldas têm uma coisa em comum. Precisam ser trocados regularmente e pela mesma razão”.

Vocês já devem estar se perguntando por que estou fazendo todos esses comentários! É que se aproxima uma nova eleição, onde o eleitor, se quiser, pode começar a mudar o cenário atual. Lembre-se que a omissão, em qualquer aspecto da vida, significa deixar que os outros escolham por nós.

O Município de Euclides da Cunha tem um eleitorado de aproximadamente 35 mil eleitores e a boa noticia é que com o nosso voto podemos decidir pela mudança, pela renovação. Vocês já repararam nas novelas? São sempre os mesmos atores, com os mesmos enredos e histórias parecidíssimas. Com os políticos também é assim, são os mesmos de sempre, desacreditados, porém insistentes.

Nessa eleição, José Nunes (DEM), deverá concorrer a uma vaga para deputado federal, e o que é melhor, teremos também dois filhos da terra concorrendo para deputado estadual: o vereador Cláudio Lima (PCdoB) e o Neilton Rocha (PV).

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Havendo a união dos euclidenses em torno das candidaturas dos filhos da terra, teremos sim condições de eleger um representante euclidense na Assembléia Legislativa do Estado. Isso seria bastante positivo para o Município, não somente em relação à renovação das lideranças políticas como também pela importância que passaríamos a ter nas decisões dos assuntos de interesse da nossa região.

Precisamos eleger para deputado estadual pessoas que conheçam as necessidades e os problemas do nosso Município e que de fato estejam comprometidos em encontrar soluções para os mesmos. Não faz nenhum sentido (sob a ótica dos interesses do Município) permitir que políticos profissionais, os cabos eleitorais ou as “lideranças comunitárias” tragam ou apresentem candidatos de outras regiões, os quais somente aparecem aqui em época de eleições. Devemos privilegiar a “prata da casa”. Se esses candidatos, uma vez eleitos, não corresponderem ao voto de confiança que lhe será dado pelos euclidenses, nas próximas eleições trocamos novamente. Quem sabe um dia acertamos!

Como disse João de Tidinha na sua crônica “Euclidense vota em euclidense”, vamos evitar que ocorra no nosso Município uma eleição comercial, onde o que prevalece são os interesses individuais dos políticos, tornando o voto apenas uma simples mercadoria de troca.

Agora a bola está com os euclidenses! Se nos unirmos e deixarmos de lado os interesses pessoais e pensarmos no nosso Município, poderemos aprimorar a política local e eleger um filho da terra como representante na Assembléia Legislativa. Nessa mesma linha poderemos eleger também o próprio José Nunes para Deputado Federal, desde que o mesmo não traga candidatos de outros Municípios e apóie a candidatura dos representantes locais (“prata da casa”) para deputado Estadual. É pagar para ver …

 

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