Pressão sobre Bolsonaro cresce no auge da pandemia

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No pior momento da pandemia no Brasil, que ontem ultrapassou a marca de 300 mil mortes por Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro vem sendo pressionado em diferentes frentes pela condução errática do governo federal na crise. A cobrança mais enfática foi feita pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Horas depois de participar de reunião no Palácio da Alvorada, Lira passou um recado claro: a paciência do Congresso está acabando.

Lira disse que “tudo tem limite” e que é preciso uma “mudança de atitude”. E fez uma referência indireta a um processo de impeachment: “Os remédios políticos no Parlamento são conhecidos e são todos amargos. Alguns, fatais”, afirmou.

A cobrança também chega do setor econômico. No início da semana, um grupo formado por 200 empresários, banqueiros e economistas divulgou carta com críticas à atuação do governo. Em paralelo, o Supremo Tribunal Federal optou por se distanciar do Planalto: o presidente da Corte, Luiz Fux, disse que não participará do comitê de crise. Enquanto isso, a gestão federal na pandemia é reprovada por 54% da população, segundo o Datafolha.

Bastidores: o discurso de Arthur Lira foi fruto da pressão política. Líderes parlamentares expressaram ao presidente da Câmara que não estão dispostos a “afundar junto com o governo”. A reunião pela manhã, convocada por Bolsonaro e que resultou na criação de um comitê de crise, foi vista como um gesto político inócuo. E a postura do presidente é vista como problema.

Supremo deve confirmar em plenário decisão de Fachin que anulou condenações de Lula

O Supremo Tribunal Federal (STF) se prepara nos bastidores para confirmar, no julgamento em plenário, a decisão do ministro Edson Fachin que anulou as condenações impostas pelo ex-juiz Sergio Moro ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  O julgamento deve ocorrer no início de abril. Esse resultado não interfere na decisão tomada pela Segunda Turma, de que Moro agiu com parcialidade no processo sobre o tríplex do Guarujá.

O que mais importa

Pandemia: pesquisa da UFF alerta que Brasil pode chegar a um pico de cinco mil mortes diárias por Covid-19 entre abril e maio.

Vacinação: a Janssen apresentou pedido de uso emergencial de sua vacina contra a Covid-19; Anvisa quer fazer análise em sete dias.

Compra privada: grupo de MG que inclui políticos e empresários tomou vacinas da Pfizer sem repassar doses ao SUS, revelou revista.

Símbolo: o Senado abriu investigação após assessor de Bolsonaro fazer gesto associado a supremacistas brancos.

Privatização: relator deseja mudar o modelo de venda da Eletrobras, o que pode adiar o processo.

Fator populacional: atraso no Censo, ameaçado por falta de recursos, vai prejudicar repasse de verbas a municípios.

Fonte: O GLOBO

 

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