Professores vaiam e xingam um dos mais combativos deputados do PCdoB

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Irritado com cartazes espalhados pela capital e interior e afixados no Sindicato dos Bancários e na Assembleia Legislativa pela APLB/Sindicato dando conta de que os deputados do PCdoB são inimigos dos professoes e fugiram da votação (veja detalhe na foto), o deputado Álvaro Gomes, PCdoB, fez um polêmico discurso na Assembleia nesta terça-feira, 15, e disse que continua o mesmo sindicalista dos anos 1980, “e mesmo que os professores não me queiram mais como seus defensores, vou continuar nessa luta”.

   Álvaro, o qual é um dos mais atuantes deputados da Assembleia, 4 mandatos, foi vaiado por professores em greve que se encontravam nas galerias, chamado de “traidor”, mas, ainda assim, não perdeu a serenidade e comentou que “a luta de classes é complexa e estou acostumado a enfrentar dificuldades, sem nunca abrir mão da minha condição de socialista”.

   O deputado comunista destacou, ainda, que o governo Wagner apresentou uma proposta aos professores e esta foi rejeitada, “um direito legitimo dos trabalhadores”. No entanto, frisou Álvaro: “Eu, na qualidade de sindicalista que sou, a apoiaria”. Mais vaias  e gritos de “traidor” eclodiram das galerias e a presidente da sessão, Maria Luiza Laudano, teve que acalmar os ânimos dos manifestantes.

   Álvaro também lembrou que a Bahia respira liberdade e se reportou a época do “carlismo” quando as manifestações eram reprimidas. “Hoje vejo parlamentares aqui defendendo professores, falando em trabalhadores, quando não faziam nada disso no passado”.

   MAIS POLÊMICA

   A polêmica cresceu quando Álvaro concedeu um aparte ao deputado Carlos Geilson (PTN) e este disse que a fala do comunista era confusa e desnorteada, salientando que o governo Wagner se comporta igual à época de ACM e, hoje, inclusive, está repleto do mais puro sangue do “carlismo”.

   Para o deputado Luciano Simões (PMDB) o discurso de Álvaro foi um verdadeiro “samba do crioulo doido”. Já o líder da oposição, deputado Paulo Azi, (DEM) “parabenizou” a postura do comunista, pois, “pelo menos teve a coragem de abordar um tema da maior importância, enquanto a Assembleia, a Comissão de Educação (Presidida pela deputada Kelly Magalhães, PCdoB, citada no cartaz) não faz sequer uma reunião com a comunidade dos professores”.

  Em defesa do deputado Álvaro Gomes, o deputado Euclides Fernandes (PDT), criticou a postura de Carlos Geilson e disse que o comunista é um dos mais respeitados e atuantes deputados da Casa e merece toda a atenção em suas posições.

   Entende o deputado Targino Machado (PSC) que Álvaro, com seu discurso, “saiu do armário voltando às costas para aqueles que sempre o elegeram deputado empunhando a espada contra os professores e sendo parceiro de esgrima de Wagner”.

  Para Targino, com a ascensão de Wagner ao governo, “os sindicalistas baianos se tornaram pelegos e ainda trairam seus amigos, e hoje ficam se lamuriando ao verem Wagner com Paulo Magalhães, Wagner dando o braço a César Borges, Wagner com Otto Alencer, Wagner com José Carlos Araújo, todos a fina flor do carlismo”, finalizou.

Fonte: BahiaJá

 

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