Não há nenhuma novidade no anúncio de que PSDB e DEM pretendem marchar juntos na eleição de 2010 na Bahia e que Paulo Souto é o candidato preferencial dos dois à sucessão do governador Jaques Wagner (PT). O anúncio da aliança entre democratas e tucanos já havia sido feito desde antes do PSDB ter se afastado oficialmente da administração estadual.
E qual seria a opção de uma aliança dessas a não ser Paulo Souto como candidato a governador? Nenhuma, até porque o PSDB não tem nenhum nome com densidade suficiente para se candidatar, com chances, ao Palácio de Ondina. É claro que não havia nenhuma necessidade de uma ida a São Paulo para, sob as bençãos do governador José Serra, sacramentar uma aliança que já existia na prática.
O que houve, nada mais nada menos, foi a geração de um fato político que sempre encontra terreno fértil neste período de muitos anúncios e poucas definições para os espaços de política dos meios de comunicação. Na mesma linha, de garantir visibilidade e ganhar espaços, “anuncia-se” um encontro entre Souto e o presidente do PSDB regional, Antonio Imbassahy, quando se definirá uma agenda de trabalho, com atividades em municípios baianos.
Só que ambos vem conversando de há muito e até já se havia anunciado um encontro oficial entre as cúpulas dos dois partidos, sem esse estardalhaço de agora. O encontro da próxima segunda-feira servirá mesmo é para gerar fotos e mais declarações em torno do mesmo tema.
E digo mais: a esta altura é puro balão de ensaio garantir-se que Paulo Souto será candidato a governador. Não que ele não tenha condições, mas ainda falta muita coisa para se ajustar e, principalmente, resta saber qual será o rumo do PMDB baiano nessa história. Quem conhece de política sabe que sem a definição do PMDB, tudo continuará em suspenso e que garantias e certezas não vão existir por enquanto.
Apenas fatos políticos (ou factóides?) e declarações de intenções, mesmo que assim não pareçam.
Texto de Paixão Barbosa de ATARDE online
Leave a Reply