PT baiano antecipa campanha de governador

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Por: Biaggio Talento

Sem poder contar com Jaques Wagner como candidato à próxima eleição estadual, o PT baiano, a exemplo do nacional, resolveu antecipar em um ano as discussões sobre o pleito de 2014. Desfechou ação para a escolha já de um nome com a missão de tentar manter a sigla petista hegemônica na Bahia. Enquanto isso, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) se movimenta para se lançar candidato à Presidência da República, com reflexos na Bahia, onde precisará de palanque.

Se de fato, confirmar a candidatura, Campos dividiria os votos dirigidos a Dilma e tornaria quase certo o segundo turno da eleição presidencial. Por essa razão o ex-presidente Lula e Dilma tentam convencer Campos a não disputar a Presidência em 2014. Além disso, candidato, o governador pernambucano causaria um problemão para a base de Wagner, já que o PSB lançaria candidato próprio a governador.

Reconhecimento – Nesse cenário, o primeiro movimento no tabuleiro sucessório baiano foi dado, concretamente pelo PT, ao reconhecer a postulação de quatro pré-candidatos ao governo do Estado, (em ordem alfabética): o secretário do Planejamento José Sérgio Gabrielli, o ex-prefeito de Camaçari Luiz Caetano, o secretário da Casa Civil, Rui Costa e o senador Walter Pinheiro. Agora, o partido está montando estratégia para a escolha acontecer de forma menos traumática e mais agregadora possível.

Isso será feito com a discussão dos nomes em todos os “fóruns” do PT. E passará pela aprovação do governador Wagner e do ex-presidente Lula. O presidente do PT-BA, Jonas Paulo, explicou que primeiro a direção estadual vai explicar aos quatro postulantes a forma de condução da escolha do nome. Depois, haverá encontros com a base do partido em 12 municípios baianos, começando por Eunápolis no dia 17 de março.

“O mais importante é ter em foco que, essa eleição estadual, está inserida dentro da grande prioridade do partido, que é o da reeleição da presidente Dilma. A eleição estadual está submetida assim, à eleição nacional”, disse. Lembrou que tentará aqui a difícil reprodução da aliança nacional que é liderada pelo PT. Difícil, em função do fato de o principal aliado nacional petista, o PMDB, ser oposição em nível estadual. “Esperamos que o PMDB local não se alie a adversários da presidente Dilma, já que temos a aliança nacional”, provoca Jonas. Ele espera que o surgimento de quatro pré-candidatos petistas não provoque fissuras no partido e confia na condução de Wagner e Dilma para darem “o norte” no processo eleitoral.

Jonas tem pressa. “Queremos escolher o candidato nesse primeiro semestre de 2013. Os partidos aliados devem compor suas listas para a eleição proporcional até setembro e precisamos estar com um nome para apresentar aos aliados”.

Acha ainda que se o nome não for escolhido por consenso absoluto, será por “consenso gramsciano”, ou seja, eleição por maioria dos votos dos membros do diretório. “Eu mesmo fui eleito presidente do PT, assim, quando tive 70 a 75% dos votos”, lembrou.

Fonte: ATARDE ONLINE

 

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