Marca das administrações petistas na Presidência, a entrada de 52 milhões de brasileiros na classe C deixou de ser um capital político do PT. Levantamento feito a pedido do GLOBO em 3.294 cidades em que predominam famílias de renda média revela que o partido de Lula perdeu dez milhões de votos nestas localidades entre as eleições de 2014 e 2018. Se apenas os votos destas urnas fossem contabilizados, Jair Bolsonaro (PSL) teria vencido no primeiro turno. A Baixada Fluminense é exemplo de enclave de classe C que votava no PT e, neste ano, abandonou o partido. A Bahia, ao contrário, permanece fiel ao lulismo.
A rejeição à política tradicional é um dos motivos do desencantamento com o PT no eleitorado médio. Também foi o motor da renovação de 47,3% da Câmara dos Deputados no dia 7 de outubro. Ainda assim, o velho ‘Centrão’, que reúne siglas como PP e PR, acrescido do MDB, continuará essencial para o próximo presidente: será difícil formar maioria simples, ainda mais a qualificada para emendas constitucionais, sem os 207 votos dos nove partidos que apoiaram todos os governos desde a redemocratização.
Por que perdi?
Esta renovação do Congresso deixou sem mandato ‘graúdos’ da política nacional, à esquerda e à direita. Dez desses parlamentares conversaram com o GLOBO e refletiram sobre a derrota nas urnas.
Os vices
Perfilamos os parceiros de chapa de Bolsonaro e Haddad. Conheça melhor Hamilton Mourão, o general falastrão que a campanha do PSL calou, e Manuela D ‘Ávila, que, pelo projeto com o PT, deixou de lado duas de suas principais bandeiras.
Informações de O GLOBO
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