PT teme Otto como candidato a governador e Wagner faz 1º movimento

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1. Já havíamos comentado neste BJÁ em 10 de maio último, os rumos circulantes na Assembleia Legislativa, dando conta de que o governador Jaques Wagner teria confidenciado a parlamentares mais próximos a decisão (em análise) de ser candidato a deputado federal abrindo a indicação ao Senado, a uma provável candidatura de Otto Alencar, e garantindo, assim, mais deputados para o PT em Brasília e a cabeça da chapa majoritária (governador), a um candidato puro-sangue petista.

  2. A rigor, o grande drama de Wagner (não chega a ser propriamente um drama) é manter a continuidade do projeto petista na Bahia (Lula/Wagner/Dilma) sem permitir a ascensão de um nome como o do seu vice-governador, Otto Alencar (futuro PSD), à cabeça do Palácio de Ondina. Isso, em tese, o PT (como instituição partidária) não aceita, pois, seria quebrar o seu projeto de poder, o que Jonas Paulo caracteriza como novo momento em que vive a Bahia.

  3. Como Wagner sabe disso mais do que qualquer outra pessoa e não quer encrenca com o PT, partido do qual é fundador no estado, desde já, com confirmação oficial daqueles rumos de maio último, anuncia seu desejo de ser deputado.

  4. Em sendo assim, salvo se Otto não for para o pau, como se diz na política, abre-se a temporada dos pré-candidatos a governador no PT, de resto, já em curso há muito tempo, desde que Luiz Caetano, prefeito de Camaçari, em eleição como candidato único a UPB, espalhou out-doors por toda a Bahia difundindo o seu nome e sua efígie.

  5. É claro que toda essa engrenagem política só será melhor analisada e avaliada após às eleições municipais de 2012 e de como estará o governo Wagner, no momento da eleição, em 2014.

  6. Por enquanto, está a desejar, tentando manter de pé projetos organizados em sua primeira gestão, o principal deles a Ferrovia Oeste Leste (FIOL) e o Porto Sul; as prováveis obras para a Copa do Mundo 2014, em Salvador, (por ora só existe em curso a Arena Fonte Nova); e projetos aqui e acolá sem maior visibilidade.

  7. Tem muito a melhorar até 2014 e há condições para isso. Mas, hoje, no Nordeste, enfrenta a concorrência mais eficiente, (pelo menos até agora) dos governos de Pernambuco e Ceará e os investimentos produtivos na Bahia têm sido minguados em relação a esses dois outros estado. Isso, sem contar, óbvio, o Centro Sul. É só olhar os investimentos que o governo federal faz no eixo Rio/SP e na Bahia.

  8. Ainda assim, não se vislumbra, na Bahia, uma oposição política consistente ao governo Wagner e com capacidade para retomar o governo do Estado, nas eleições de 2014.

  9. Daí que, no plano da política das alianças em curso, a “grande ameaça” (veja que está em entre parênteses) é Otto Alencar. Os petistas se pelam de medo de Otto entendendo que, se ele retornar ao poder como governador, seria, também, a volta do “carlismo” ou de parte dele. É só observar, nos dias atuais, o gabinete do vice-governador, já povoado de representantes dessa espécime.

  10. Portanto, como já dissemos em maio, salvo melhor juizo, haverá um governador tampão em 2014, por 6 meses, Wanger será candidato a deputado federal; Otto a senador (ou alguém do PP/PDT); e um petista disputará o governo. É o mais provável e avaliável, no momento.

 

Fonte: BahiaJá

 

 

 

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