Em 173 caracteres, Joaquim Barbosa despediu-se da campanha presidencial e abriu uma disputa por seus potenciais 10% do eleitorado. Marina Silva, Ciro Gomes, Jair Bolsonaro ou Geraldo Alckmin? A questão é saber quem conseguirá atrair o eleitor fatigado com a política – agora que estão fora do palanque novidades como Barbosa, Bernardinho e Luciano Huck.
Marina, que chegou a descartar uma chapa com o ex-ministro do STF, quer mostrar um perfil parecido com o do relator do mensalão. Ciro deve tentar obter o apoio formal do PSB, ao qual Barbosa havia se filiado. Mas, enquanto o pedetista conta com a simpatia de filiados do Nordeste, Alckmin terá o apoio do afilhado e governador Márcio França em São Paulo.
Bolsonaro tenta atrair os conservadores que viam em Barbosa uma alternativa, mas terá que enfrentar um obstáculo antes: Bolsonaro. A coluna Poder em jogo, de Lydia Medeiros, mostra a dificuldade do deputado para se posicionar sobre temas como a reforma da Previdência, as privatizações e a intervenção federal no Rio – e para domar o próprio temperamento explosivo.
Enquanto isso, o PT continua indeciso entre a campanha para libertar Lula e a necessidade de apresentar um plano B. O nome mais forte para assumir a chapa, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, voltou a ser citado à Polícia Federal. Os marqueteiros João Santana e Mônica Moura dizem ter recebido repasses de caixa 2 da campanha de Haddad em 2012. O inquérito corre em segredo de Justiça.
Diante desse cenário, é como diz o colunista Bernardo Mello Franco: Barbosa sai, mas a incerteza fica.
Informações de O GLOBO
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