Disparada no preço de itens essenciais, como alimentos e energia, derruba o poder de compra das classes D e E, que cresce na classe A
Eliane Oliveira, Cássia Almeida, Gabriel Shinohara e Alex Braga*
05/07/2021 – 04:30 / Atualizado em 05/07/2021 – 11:01
BRASÍLIA E RIO – Com os preços nas alturas de itens essenciais, como alimentos, gás de cozinha e energia elétrica, a inflação que disparou em 2021 pesa mais sobre os mais pobres e tira recursos do consumo. Estudo da Tendências Consultoria estima que a renda disponível, o dinheiro que sobra após as despesas básicas, encolheu entre os que ganham menos. Nas classes D e E, a queda este ano será de 17,7%, contra uma alta de 3% na classe A. Isso significa menos dinheiro no bolso, às vésperas das eleições.
Distanciamento:Confiança do consumidor que ganha menos se afasta daquela do topo da pirâmide
O levantamento da Tendências considera gastos essenciais as despesas com habitação, transporte, saúde e cuidados pessoais, comunicação, educação e alimentação.
— O impacto negativo no consumo é direto, já que a renda dos mais pobres vai toda para o consumo. Houve enxugamento das transferências sociais, e a retomada do mercado de trabalho está muito gradual — explica Lucas Assis, economista da consultoria.
Fonte: O GLOBO
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