Chefe do “clube dos bilhões, Ricardo Pessoa disse que um dos supostos beneficiários do esquema é o chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva. Segundo Ricardo, o petista convenceu-o a doar R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma
Documentos e planilhas em posse do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, foram apresentados nas investigações da Operação Lava Jato como registros das transações do petrolão que têm entre os beneficiários, entre outros, a campanha de reeleição da presidenta Dilma Rousseff. O material, que a revista Veja deste fim de semana explora em sua manchete de capa, reúne dezenas de documentos com “movimentações financeiras, manuscritos de reuniões e agendas”.
Uma série de depoimentos foi dada por Pessoa, “personagem central do escândalo da Petrobras”, a investigadores do Ministério Público nos últimos dias. Em uma das delações, o empreiteiro – que cumpre liberdade condicional depois de ficar meses preso – diz que o atual chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, convenceu-o a doar R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma.
“O senhor tem obras no governo e na Petrobras, então o senhor tem que contribuir. O senhor quer continuar tendo?”, teria dito Edinho, segundo um relato de Pessoa registrado em trecho da reportagem de Veja, que continua: “Mas há outro complicador para Edinho: quem apareceu em nome dele para fechar os detalhes da ‘doação’, segundo Pessoa, foi Manoel de Araujo Sobrinho, o atual chefe de gabinete do ministro. Em plena atividade eleitoral, Manoel se apresentava aos empresários como funcionário da Presidência da República”, diz a revista.
A reportagem lembra ainda que Ricardo Pessoa foi apontado como o chefe do grupo intitulado “clube do bilhão” pelos investigadores da Lava Jato, em referência ao grupo de empreiteiras que fraudavam contratos com a Petrobras por meio de propina paga a políticos e diretores da estatal. Para Veja, o conjunto de informações reunidas por Pessoa é “verdadeiro inventário da corrupção”. Todos os políticos acusados na Lava Jato negam as acusações.
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