A Bahia não cansa de dar vexame. Membro destacado da bancada do silêncio, como são chamados os deputados que raramente usam o microfone, o deputado federal baiano Paulo Magalhães (PSD), que recentemente atacou um repórter do CQC, ocupou a tribuna da Câmara dos Deputados para se queixar do roubo de um vaso de arruda que comprou com o seu próprio dinheiro para colocar no prédio onde mora em um apartamento funcional. Com certa dificuldade, talvez pela falta de prática em discursar, o deputado chegou a ler um documento em que pediu ao presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS), que investigasse o roubo da planta, indicada normalmente para o mau olhado, segundo as religiões de culto afro, e o petista, obviamente, disse que as investigações deram em nada. Insatisfeito, Paulo Magalhães disse que se tratava de um caso para a Polícia Legislativa, pois “foi um vaso de arruda mas poderia ser a vida de um parlamentar”. Durante o discurso de Magalhães, em aparte, um deputado chega a ironizar o colega: “Vamos fazer uma vaquinha para devolver o vaso de Paulo”.
Raio Laser/Tribuna da Bahia
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