Você cobra o seu político?

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Dentro de poucos meses, terão início as campanhas eleitorais para prefeitos e vereadores e, para o eleitor, esta escolha deve exigir muita pesquisa, observação e análise dos candidatos

Por:Wilson Lourenço

Dentro de poucos meses, terão início as campanhas eleitorais para prefeitos e vereadores. Candidatos irão sair à procura dos eleitores com um novo arsenal de promessas para pedir o seu voto. O eleitor, com todo cuidado, deverá escolher seu candidato a vereador, pois ao votar estará lhe dando a oportunidade de representá-lo na Câmara Municipal, de votar em seu nome as novas leis e ainda, mais importante, irá incumbi-lo de fiscalizar todas as ações do prefeito e dos funcionários públicos municipais durante os próximos 4 anos. Nesta próxima eleição, o eleitor irá escolher também o prefeito, que certamente irá apresentar um bom plano de governo, com todas as ações planejadas para sua gestão, definindo as prioridades, os cortes e os investimentos.

Para o eleitor, esta escolha deve exigir muita pesquisa, observação e análise dos candidatos. Se afinal querem o seu voto, devem demonstrar quais habilidades possuem para desempenhar bem a função pública. Mais do que isso, devem desejar serem cobrados pelo povo que o elegeu! Já estamos cansados de ouvir histórias de políticos que não cumprem o que prometem, que nomeiam assessorias que não aparecem nos gabinetes.

Existem outros cuja única preocupação ao longo do mandato é conseguir vantagens pessoais ou propina na intermediação de negócios com órgãos públicos. Porém, se existem políticos com tempo e disposição para agir desta forma é porque o povo não está acompanhado de perto suas ações.

Por isso, ao eleitor cabe uma importante tarefa: cobrar os políticos eleitos! Isso mesmo. Nós, eleitores, somos chefes e patrões de todos eles, mas com o passar do tempo após as eleições nos esquecemos de fazer isso. Os poucos eleitores conscientes que cobram os políticos, seja pessoalmente nos gabinetes, ou por carta, e-mail e agora pelas redes sociais, quase sempre são desqualificados por eles. De eleitores passam a ser chamados de opositores. Críticas construtivas viram críticas ácidas, boas idéias se transformam em ideias inviáveis… Após uns poucos questionamentos, logo vão cortando a palavra do “chefe/patrão” povo. Já vi políticos ao serem cobrados por mais segurança em um bairro responderem que isso era problema do governo estadual, se esquecendo que como representante do povo tem a possibilidade de reivindicar melhorias com muito mais força.

Se desejamos melhorias para nossa cidade e mais qualidade de vida, não podemos continuar com este modelo onde o político eleito não é cobrado pelo eleitor. Dedicar alguns minutos de nosso dia para acompanhar e se manifestar diretamente ao político é um ato de cidadania. Com as redes sociais isso ficou muito mais fácil, vamos aproveitar.

Wilson Lourenço é vice-Presidente da FACESP

 

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